Romeiro e mais 16 acusados de desviar dinheiro público respondem por crime de improbidade
Desessete acusados de desviar cerca de R$ 500 milhões através de empresas fantasmas criadas para fraudar licitações no Amazonas e que foram presos em 2004 pela Polícia Federal, durante a Operação Albatroz, respondem pelo crime de improbidade administrativa na Justiça de Presidente Figueiredo, onde tramita o processo de número 228/2009. Entre os acusados estão o ex-prefeito do município, Romeiro Mendonça, e Antônio Cordeiro, o “Cordeirinho”, denunciados pelo Ministério Público Estadual.
De acordo com informações do cartório do município, 14 requeridos, entre eles Romeiro Mendonça, já apresentaram defesa, menos Cordeirinho, sua esposa Ednéia de Alencar Cordeiro e Moacyr Coutinho dos Santos, que faleceu em 2005, um ano depois da prisão dos acusados pela PF, em agosto de 2004.
Na lista dos denunciados pelo MP, em Figueiredo, constam, além de Romeiro, Cordeiro, Ednéia e Moacyr (falecido), José Farias Freire, Odinete de Souza Mendonça Freire, Maria Isabel Martins Gomes, Jones Nahmias dos Santos, Jorge Luiz de Melo Roldão, José Alberto Marinho da Silva, Alvadir Assunção Carolino da Silva, Liliam Yvone Abozaglo Umanã, Osmar Melo dos Santos, Sheila Maria da Silva Melo, Francisco Guerra da Silva, Lúcio Flávio Morais de Oliveira e Sônia Maria da Costa Morais de Oliveira.
Os autos estão conclusos a juíza Ana Paula de Medeiros Braga, que não é titular de Figueiredo, mas sim do 1º Juizado Especial Cível e Criminal de Coari. A juíza está respondendo cumulativamente por Fonte Boa, e por ter tantos afazeres em mais duas comarcas, ainda não se manifestou a respeito da não apresentação da defesa de Cordeirinho e de sua esposa.
Acusação e prisão
Romeiro Mendonça foi preso em agosto de 2004 na Operação Albatroz da Polícia Federal, acusado de receber propina do suposto chefe da quadrilha, Antônio Cordeiro, para habilitar uma empresa do ex-deputado ao recolhimento do lixo em Presidente Figueiredo.
Em agosto de 2008, antes do desmembramento dos autos, Romeiro Mendonça quase volta a ser preso. Ele teve sua prisão decretada pelo juiz federal Ricardo Sales, acusado de coagir testemunhas, mas não foi encontrado pelos agentes da PF e dia 1 de setembro do mesmo ano conseguiu habeas corpus para evitar sua volta à cadeia.
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