Professores acusam Wilson de descontar dias de greve dos salários e fecham Ponte Rio Negro
Manaus/AM - Um grupo de professores da rede pública de ensino realizam na manhã desta segunda-feira (22), uma manifestação pacífica, em frente a sede do Governo do Amazonas, situada no bairro da Compensa, zona Oeste de Manaus. A categoria saiu em passeata com cartazes e banners e chegou a fechar uma das vias da Ponte Rio Negro.
Segundo a coordenadora geral do Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom Sindical), professora Elma Sampaio, o grupo se reuniu para esperar a entrega da contraproposta do Governo.
“Estamos realizado um ato público de vigília em aguardo a contraproposta do Governador Wilson Lima. Isto porque no último ato publico que realizamos aqui na frente, o secretario de Estado da Fazenda (Sefaz), Alex Del Giglio recebeu a comissão de professores e afirmou que no dia de hoje estaria entregando a contraproposta”, disse.
Conforme Sampaio, os professores esperam que a contraproposta seja justa e que tenha aumento real para categoria. “Estamos insistindo nos 15% de reajuste real, porque eles dizem que vão continuar oferecendo os 3,93% de reposição da inflação. Mas a categoria entende que existe condições para que o reajuste real seja realizado. Foi confirmado pelo secretario da Fazenda, que a lei de responsabilidade fiscal não inside sobre o Fundeb. Com isso entendemos que tem recursos do Fundeb para fazer uma contraproposta de reajuste real”, explicou.
Sampaio disse ainda, que os professores esperam poder voltar o mais breve possível para as salas de aula. Mas destaca, que a categoria espera que o Governador Wilson Lima entre em acordo em relação as reposições de aulas perdidas, sem prejudicar os educadores.
“Existe 90% de escolas paralisadas, outras escolas se mantém funcionado porque temos que ter 30% do serviço. Caso não venha hoje a termos a contraproposta, vamos montar um acampamento de resistência. Nos queremos voltar para as salas, porque lugar de professor é na escola, só realizamos essa greve por conta da intransigência do governador que não quer realizar uma contraproposta justa. Vamos fazer reposição de aulas porque é direito dos alunos, mediante a acordo de não desconto de falta por dias parados. Gostaria de dizer que dia 28 houve uma paralização de advertência e o governo mandou descontar as faltas de maneira intransigente e até truculenta. Porque eles poderiam ter negociado esse dia para que pudéssemos repor as aulas”, finalizou.
A greve dos professores completou uma semana. Ao todo 90% das escolas na capital estão com aulas suspensas. Pelo menos 35% dos municípios também aderiram as paralizações.
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