Manaus/AM - No embate com o novo governo do Amazonas na Assembleia Legislativa do Estado (ALE), deputados oposicionistas foram obrigados a admitir que os governos de José Melo (PROS) e David Almeida (PSB), que eles apoiaram, não concederam a reposição das perdas salariais de servidores públicos, em 2016 e em 2017.

A matéria oficial publicada no site da ALE, nesta quarta-feira, informou que o presidente da Casa, David Almeida (PSB), propôs a retirada do Projeto de Lei (PL)  que define os índices de reajuste das “datas bases de 2016 a 2018” dos policiais militares e bombeiros estaduais. Em 2017, David era governador. Em 2016, era Melo. 

O principal “economista” da oposição, o deputado Serafim Corrêa (PSB), que apoiou os governos de José Melo e David Almeida, divulgou nota informando que a ALE  manteve o veto parcial do governo à Lei 4.596, que altera a remuneração dos funcionários da saúde, derrubando a emenda parlamentar que antecipava de 2020 para 2019 o pagamento das “perdas salariais que os servidores tiveram nos anos de 2016 e 2017”.  Serafim é o maior apoiador da campanha de David ao governo do Amazonas.

Neste ano de 2018, o atual governador, Amazonino Mendes, já concedeu o reajuste e a recuperação das perdas salariais impostas por Melo e Davi, faltando apenas um acordo sobre as datas das reposições. A oposição tenta vetar o acordo que o governo fez com os sindicatos. 

A discussão e votação do veto total do governo ao Projeto de Lei (PL) nº 77/2018, em pauta na ALE, nesta quarta -feira (20), foi adiada para a próxima semana. Antes da votação os deputados da base aliada conseguiram manter dois vetos parciais, aos PL nº 35/2018, acordado com os sindicatos das categorias, que institui o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos servidores do magistério e técnicos da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), e ao PL nº 74/2018, que define os índices de reajuste das datas bases de 2016 a 2018, dos servidores administrativos e médicos do Sistema Estadual de Saúde. 

Os vetos parciais foram opostos a emendas apresentadas por deputados de oposição que queriam antecipar reajustes que serão pagos em 2019.