Não há vacina para H1N1 no Brasil e o Amazonas entra em situação de emergência
Manaus/AM - O governo do Amazonas decretou situação de emergência na área da saúde, em razão do aumento dos casos de doenças causadas pelas Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG), que já provocaram 12 óbitos pelo vírus Influenza A (H1N1) e duas mortes pelo vírus Sincicial Respiratório. Os casos ocorreram em Manaus e no interior e desde ontem (27) a emergência está decretada.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, garantiu ao governo e parlamentares do Amazonas em Brasília, a antecipação da campanha de vacinação contra a Influenza A para a segunda quinzena de março.
Conforme o Decreto do governo do Estado, pelos critérios do Regulamento Sanitário Internacional, a situação no Amazonas configura potencial Emergência de Saúde Pública pelo grave impacto na rede estadual de saúde em virtude do elevado número de casos e óbitos, em menos de dois meses, causados pelo vírus H1N1 e pelo vírus Sincicial Respiratório, com alto potencial para causar epidemias na população vulnerável de risco, como crianças, idosos, pessoas com morbidades, acamados e indígenas.
De acordo com Boletim Epidemiológico da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), divulgado nesta quarta-feira, foram notificados 195 casos de SRAG no estado, sendo 39 positivos para o vírus H1N1, 25 para vírus Sincicial Respiratório, 47 foram descartados e os demais seguem em investigação. Há registro de casos positivos de H1N1 em todas as faixas etárias. Das 12 mortes por H1N1, oito foram em Manaus, duas em Manacapuru, uma em Parintins e uma em Itacoatiara. Os dois óbitos por vírus Sincicial Respiratório ocorreram na capital.
Sem vacina
Prevenção eficaz à H1N1, a vacina não está disponível nem na rede pública e nem na rede privada. A campanha e imunização é nacional e acontece anualmente a partir de abril. Em Brasília, o ministro Mandetta informou que não há vacina no Brasil e nem fora do país.
“Quando o estado, no caso o estado do Amazonas, solicita o apoio federal por conta de uma situação de epidemia atípica, o Governo Federal vai trabalhar junto com o Governo do Estado, com recurso, com equipamento, com orientação para população, sabendo que na hora que tivermos a vacina para esse vírus, a gente vai poder ficar livre dessa situação. Por enquanto ainda não temos e nós estamos trabalhando com o Instituto Butantã para anteciparmos os lotes para o estado do Amazonas”, disse o ministro.
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