Manaus/AM - Vice-campeão do Regional Norte de Xadrez, realizado em outubro, no Acre, o amazonense Victor Gabriel Cândido de Oliveira já está classificado para a 86ª Final do Campeonato Brasileiro Absoluto, no próximo ano. Ainda restam torneios classificatórios para que sejam definidos o local e a data da competição, mas o enxadrista, que pratica o esporte desde a infância, não abre mão dos estudos enquanto se prepara para o desafio. 

Aos 23 anos, ele também é estudante de Ciências Econômicas na Anhanguera Manaus e afirma ter encontrado no sistema de Ensino à Distância (EAD) uma forma de conciliar esporte e formação educacional. “Faço semipresencial. Fiz essa escolha devido à flexibilidade com os horários, visto que, como enxadrista, sempre há algum compromisso que faça eu me ausentar, seja em viagens para competições ou até aqui mesmo”, revela. 

De acordo com Victor Gabriel, em período de competição, o foco nos treinos é de 100%, o que ocasiona prejuízos quando o ensino é de formato tradicional. “Já tive alguns problemas no Ensino Médio, principalmente com faltas (risos)”, relembra, acrescentando que, além de competir, ainda atua como professor, técnico e organizador de eventos. “Portanto, nem sempre tenho tempo hábil e o curso semipresencial se encaixa perfeitamente em minha rotina”, argumenta. 

Benefícios no tabuleiro 

Na avaliação do acadêmico de Ciências Econômicas, os efeitos da prática regular do xadrez são benéficos para a condução dos estudos. “O xadrez melhora a memória, a concentração e o planejamento, além de estimular a criatividade e a capacidade de tomar decisões. Acredito que, com essas qualidades e todas as experiências adquiridas por meio do esporte, os enxadristas conseguem ter mais confiança em tudo o que fazem. E, na vida acadêmica ou profissional, não será diferente, pois todas essas ferramentas serão úteis e estarão em nosso favor como diferencial. Pratique xadrez!”, recomenda o enxadrista.