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Servidores preferem viajar do que votar


Por Raimundo de Holanda

20/10/2016 23h20 — em
Bastidores da Política



O governo do Amazonas recuou. O dia do servidor público será mesmo comemorado na sexta-feira, 28.  e não na segunda, 31.  A ideia de empurrar o feriadão para segunda era boa. Poderia contribuir com uma abstenção menor na eleição do segundo turno, no domingo.

Com feriado prolongado, muitos servidores e suas familias devem sair de Manaus para lazer. Não votar tem implicações, mas a multa é pequena: varia  de R$ 1,05 até R$ 3,51 por turno ausente. Mesmo que o juiz eleitoral resolva aplicar a lei e aumentar em até 10 vezes esse valor, não pode passar de R$ 35,14. 

Não tem mistério. Essa lei eleitoral tem muitas brechas, das quais fazem uso os politicos. E também os eleitores. Na  eleição de 2012, disputada em segundo turno pelo atual prefeito Arthur Neto e Vanessa Grazziotin (PCdo B), 212.961 eleitores não compareceram  para votar. 

Este ano, no primeiro turno, os ausentes somaram 108.023 (8,59%). É  possiverl que esse número dobre no dia 30. O problema é saber  uem perde mais com a fuga de eleitores, se Marcelo Ramos ou Arthur Neto.

LIBERDADE DE IMPRENSA

 Liberdade de imprensa, liberdade das pessoas se manifestarem e o papel da imprensa como poder fiscalizador da sociedade e de seus representantes. As novas tecnologias, como as redes sociais e a internet, fizeram "a ideia de tempo e de espaço mudar". Assim entende a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, analisando o papel da comunicação virtual na mudança até na forma de se exercer a democracia. “A imprensa é livre e não é livre como poder, é livre até como uma exigência constitucional para se garantir o direito à liberdade”, sentencia a ministra. E sua fala chega com uma força substancial num momento em que instituições da justiça, como o MP e PF rompem as estruturas apodrecidas do país de uma forma avassaladora.

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Diante das dimensões que alcançam a operação Lava Jato e suas derivadas, torna-se necessário que a própria justiça reconheça, e se proponha a defender o papel da imprensa e da comunicação virtual como instrumentos imprescindíveis ao direito de liberdade de expressão. Até porque neste ano o Brasil caiu cinco posições (de 99º para 104º lugar) no ranking mundial da liberdade de imprensa, realizada pela ONG Repórteres sem Fronteiras.

TARIFA SOCIAL

Por não cumprir um termo aditivo ao Contrato de Concessão de Água, firmado em abril de 2014, com a prefeitura de Manaus, que concede a Tarifa Social de água à população de baixa renda, a Manaus Ambiental foi obrigada pela Justiça a integrar o seu cadastro de clientes com o do Bolsa Família federal, para que todos os beneficiários do programa paguem a tarifa.  O pedido de tutela de urgência foi feito pela própria prefeitura, após denúncia de que o termo não estava sendo cumprido integralmente pela concessionária. A Tarifa Social garante desconto de 50% no valor integral da conta de água.

PCdoB NO MURO

Está havendo uma grande pressão dos aliados para que o PCdoB, partido que possui o maior número de filiados no Amazonas, cerca de 20 mil, entre na campanha do segundo turno. O maior problema é que os comunistas têm um pé de cada lado, e sabem que não se pode agradar a ‘gregos e troianos’ sem o risco de sair chamuscado. Por enquanto, a decisão do partido tomada no dia 10 continua valendo: ficar neutro, com os filiados livres para votar em quem quiser, mas sem o direito de declarar seu voto. Verdadeiramente não é uma democracia.

OPERAÇÃO FINADOS

Para cuidar dos 500 mil vivos que irão relembrar seus mortos, no Dia de Finados, 14 órgãos municipais e estaduais participam dos preparativos para a “Operação Finados”, no próximo dia 2 de novembro. Com dez cemitérios, sendo quatro na zona rural e seis na área urbana, Manaus precisa de contingentes extras de agentes de trânsito e transportes, segurança e saúde, principalmente nos da área urbana que são os mais movimentados.

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ASSUNTOS: Arthur Neto, dia do servidor, eleições 2016, feriado, Manaus, marcelo ramos

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.