O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste sábado (29) que companhias aéreas devem tratar o espaço aéreo da Venezuela como “totalmente fechado”. A declaração foi publicada na rede social Truth Social e ampliou o alerta já emitido anteriormente pelo governo norte-americano sobre riscos na região. O aviso foi direcionado também a pilotos, traficantes de drogas e de pessoas.

No comunicado, Trump reforçou que aeronaves devem evitar voar sobre o território venezuelano e áreas próximas. A posição surge dias após a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA, na sigla em inglês) alertar para o aumento da atividade militar e o agravamento da segurança na Venezuela. Segundo o órgão, o cenário representa risco potencial para voos em todas as altitudes.

A recomendação das autoridades norte-americanas resultou no cancelamento de voos por diversas empresas aéreas, o que levou o governo de Nicolás Maduro a revogar a licença de operação de pelo menos seis companhias, entre elas TAP, Avianca, Turkish Airlines e Gol. A decisão foi anunciada na quinta-feira (27), em resposta ao posicionamento dos EUA.

O aumento das tensões ocorre em meio à pressão militar exercida por Washington na região do Caribe. Na semana passada, o governo Trump já havia indicado que ofensivas terrestres contra o narcotráfico na Venezuela poderiam começar “muito em breve”. O presidente declarou, durante conversa com militares, que o tráfico marítimo diminuiu e que os EUA agora buscarão impedir o transporte de drogas por terra.

Trump afirmou ainda que o objetivo é forçar grupos criminosos a interromper o envio de entorpecentes para os Estados Unidos, classificando as ações como parte de um esforço para reforçar a segurança interna. O governo venezuelano ainda não se pronunciou sobre a nova declaração do presidente norte-americano.