Trump ameaça ataque militar contra países envolvidos em tráfico de drogas
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elevou o tom da sua campanha contra o narcotráfico global, nesta terça-feira (2), afirmando que qualquer nação que trafique drogas para o território americano pode se tornar alvo de um ataque militar. A ameaça, proferida durante uma reunião de secretários do governo, pareceu visar não apenas a Venezuela, que tem sido foco das recentes ações americanas no Caribe, mas também aliados tradicionais.
Trump mirou especificamente a Colômbia, acusando-a de ser o principal polo produtor de cocaína e de enviar "assassinos" para os EUA, intensificando a pressão sobre Bogotá, que é citada em relatórios da ONU, junto com Peru e Bolívia, como uma das principais origens da cocaína consumida em solo americano.
A retórica agressiva de Trump ocorre em um momento de intensa mobilização militar americana no Caribe, ostensivamente justificada como uma operação de combate ao tráfico internacional de narcóticos. Embora a Venezuela seja o alvo mais frequente das ameaças de Washington, a Colômbia, um parceiro estratégico de longa data, também tem sido posta na mira.
A escalada da tensão é evidenciada pela recente crítica direta do presidente Trump ao líder colombiano, Gustavo Petro, a quem ele chamou publicamente de "traficante de drogas ilegal" e acusou de incentivar a "produção massiva" de entorpecentes sem tomar medidas para coibi-la, permitindo que o tráfico se tornasse o "maior negócio" do país.
O pano de fundo para a postura beligerante de Washington é o crescente problema de overdose nos EUA, impulsionado, em grande parte, pelo fentanil, um opioide que, de acordo com o Relatório Mundial sobre Drogas de 2025, é majoritariamente originário do México. Contudo, as declarações de Trump se concentraram na América do Sul, destacando a vulnerabilidade dos países produtores à pressão ou mesmo intervenção militar.
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