Tailândia estuda introduzir pena de morte para crimes de corrupção
BANGCOC — As autoridades tailandesas estão considerando introduzir a pena de morte em alguns casos de corrupção. Funcionários condenados por corrupção envolvendo somas de dinheiro acima de US$ 27 milhões (R$ 86,6 milhões) teriam de enfrentar a morte por injeção letal. Casos envolvendo quantias menores de dinheiro seriam condenados até cinco anos de prisão.
Antes de ser adotada, a medida — aprovada pelo Comitê Diretor Nacional de Reforma, nomeado pelos militares — ainda precisa passar pelo Parlamento, Executivo e Comitê de Constituição.
A junta militar da Tailândia tomou o poder em um golpe em 2014, e os analistas acreditam que o grupo pode estar usando penas mais duras para que a corrupção controle seus adversários.
A legislação anterior permitia pena capital para funcionários condenados por suborno, embora nenhum funcionário tenha sido executado pelo crime.
A Anistia Internacional (AI) condenou no passado a mudança na Tailândia para ampliar a pena de morte. Em 2015, quando a lei foi alterada pela última vez, a organização afirmou que se tratava de um “passo enorme na direção errada”.
A Tailândia aplicou pela última vez uma sentença de morte em 2009, quando dois homens foram executados por tráfico de drogas.
Os crimes já puníveis com a morte na Tailândia incluem assassinato, estupro, incêndio criminoso e traição.
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