O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, anunciou nesta segunda-feira (2) um plano para reforçar a capacidade militar britânica, com a construção de 12 novos submarinos de propulsão nuclear e investimentos no programa de ogivas nucleares. A medida, segundo ele, busca responder ao aumento das tensões globais e à “crescente ameaça” representada pela Rússia.

Durante o anúncio em Glasgow, na Escócia, Starmer afirmou que o objetivo é garantir um “país blindado e pronto para a batalha”. O premiê destacou que a ameaça russa “não pode ser ignorada” e que o cenário atual é o mais imprevisível desde a Guerra Fria. O plano de rearmamento britânico segue a tendência de outros países europeus, que ampliam seus investimentos militares diante da guerra na Ucrânia.

Entre as medidas, está prevista a criação de seis novas fábricas de munição, com investimento de 1,5 bilhão de libras (R$ 11,5 bilhões), além do aporte de 15 bilhões de libras (R$ 115 bilhões) no programa de produção de ogivas nucleares. Parte dos submarinos integra a aliança Aukus, que inclui também Estados Unidos e Austrália.

O governo britânico também pretende adaptar suas Forças Armadas ao uso de novas tecnologias, como inteligência artificial e drones. Segundo Starmer, trata-se de “restaurar a capacidade de combate” do Reino Unido, diante de ameaças como Rússia, Irã e Coreia do Norte. O ministro da Defesa, John Healey, reforçou que a nova estratégia é “uma mensagem direta a Moscou”.