O Comitê Norueguês do Nobel anunciou, ao longo da última semana, os laureados das categorias de Paz, Literatura, Química, Física e Medicina. A tradicional cerimônia de entrega dos prêmios ocorre anualmente em Oslo, Noruega, e reconhece personalidades e pesquisadores de destaque em suas áreas. O Nobel de Economia, único ainda pendente, será revelado na próxima segunda-feira (13).

Na categoria da Paz, o prêmio foi concedido a María Corina Machado, líder da oposição na Venezuela, por sua luta pacífica em defesa da democracia e dos direitos humanos no país. A escolha do comitê traz de volta os holofotes para a crise política venezuelana, além de representar um gesto simbólico contra o regime de Nicolás Maduro. A premiação inclui uma bonificação de 11 milhões de coroas suecas, o equivalente a cerca de R$ 6,2 milhões.

Na Literatura, o húngaro László Krasznahorkai foi o escolhido por sua obra densa e crítica, marcada por longos períodos narrativos e reflexões existenciais. Krasznahorkai é conhecido por explorar o colapso da cultura europeia e as tensões sociais do século XX em seus romances, que conquistaram leitores e críticos ao redor do mundo.

O Prêmio Nobel de Química foi entregue a uma equipe de cientistas responsável pelo desenvolvimento das estruturas metal-orgânicas, conhecidas como MOFs. Essas estruturas altamente porosas têm aplicações promissoras na captura de carbono e armazenamento de energia, contribuindo para soluções sustentáveis frente às mudanças climáticas.

Já o Nobel de Física 2025 reconheceu três pesquisadores pela descoberta do túnel quântico macroscópico, um fenômeno que até então só havia sido observado em escala atômica. Essa descoberta abre caminhos para avanços na computação quântica e no entendimento das leis fundamentais da física.

Na Medicina, o prêmio foi concedido a estudiosos que investigaram os mecanismos da tolerância imune periférica, processo fundamental para que o organismo não ataque seus próprios tecidos. A pesquisa tem implicações diretas no tratamento de doenças autoimunes e no desenvolvimento de terapias mais eficazes para transplantes e imunoterapia contra o câncer.