Israel deporta Greta Thunberg e outros 170 ativistas que seguiam para Gaza
O governo de Israel deportou nesta segunda-feira (6) a ativista sueca Greta Thunberg e outros 170 participantes de uma flotilha interceptada na semana passada quando tentava levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza. A operação faz parte do processo de deportação de cerca de 450 ativistas detidos após a interceptação de mais de 40 barcos pelo Exército israelense.
Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores de Israel afirmou que “todos os direitos legais dos participantes foram respeitados” e classificou a iniciativa como “um espetáculo de relações públicas”. Os ativistas deportados, segundo o governo israelense, são de várias nacionalidades, incluindo europeus e norte-americanos. Greta foi enviada à Grécia, onde deve chegar ainda nesta segunda-feira, informou a agência Reuters.
Entre os estrangeiros detidos estão 14 brasileiros, de um total de 15 que integravam a delegação nacional da flotilha chamada Sumud. Segundo o Itamaraty, 13 deles permanecem presos no centro de detenção de Ketziot, no deserto de Negev, e estão em boas condições de saúde. Uma das pessoas detidas é a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE). Um dos brasileiros já foi deportado e deve chegar ao Rio de Janeiro na noite desta segunda.
A flotilha tinha como objetivo entregar suprimentos e chamar atenção para a crise humanitária em Gaza, que enfrenta bloqueio imposto por Israel desde o início da guerra com o Hamas, em 2023. O conflito já deixou mais de 67 mil mortos e 170 mil feridos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, cujos dados são reconhecidos pela ONU. A ação israelense gerou condenações internacionais, incluindo uma denúncia formal do governo brasileiro ao Conselho de Direitos Humanos da ONU.
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