Israel ainda não tomou uma decisão oficial sobre o cessar-fogo proposto para a Faixa de Gaza, mesmo após o Hamas ter aceitado os termos do acordo. O grupo, classificado como organização terrorista por diversos países, declarou na sexta-feira (4) que está disposto a iniciar negociações com base em uma proposta apresentada pelos Estados Unidos, com mediação do Egito e do Catar.

A proposta prevê uma trégua de 60 dias nos combates, durante a qual o Hamas se comprometeria a libertar parte dos reféns israelenses em troca da soltura de prisioneiros palestinos detidos por Israel. O gabinete de segurança do governo israelense deve se reunir ainda neste sábado (5), após o fim do Shabbat, para avaliar o plano. A reunião acontece às vésperas da viagem do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu aos Estados Unidos, onde se encontrará com o presidente Donald Trump.

Apesar do avanço diplomático, os confrontos continuam intensos em Gaza. Somente nas últimas 24 horas, quase 100 pessoas morreram em ataques aéreos realizados por Israel, segundo autoridades locais. Entre os alvos atingidos estavam escolas e áreas residenciais, aprofundando ainda mais a crise humanitária no território palestino.