O governo do Irã lançou centenas de mísseis balísticos contra Israel nesta sexta-feira (13), em resposta aos bombardeios israelenses contra instalações militares e nucleares iranianas na noite anterior. As Forças de Defesa de Israel confirmaram o ataque e afirmaram ter ativado seus sistemas de defesa. Explosões foram registradas em Tel Aviv, mas até o momento não há informações sobre feridos.

A ofensiva iraniana ocorreu horas após o líder supremo do país, Ali Khamenei, prometer retaliação. Segundo ele, Israel cometeu “um grande erro” ao atacar alvos estratégicos no Irã, incluindo instalações nucleares. O regime classificou a operação israelense como uma “declaração de guerra” e pediu ao Conselho de Segurança da ONU que intervenha. Em resposta, Israel retomou os ataques nesta sexta-feira, e moradores de Teerã relataram fortes explosões na capital. 

Durante os bombardeios israelenses realizados na quinta-feira (12), foram mortos dois dos principais comandantes militares iranianos: Hossein Salami, chefe da Guarda Revolucionária, e Mohammad Bagheri, comandante das Forças Armadas. Dois cientistas nucleares também morreram. A imprensa estatal iraniana afirmou que ao menos 78 pessoas perderam a vida e outras 329 ficaram feridas nos ataques.

Em pronunciamento gravado, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o país está diante de um momento decisivo e que os ataques continuarão “pelo tempo que for necessário” para impedir o avanço do programa nuclear iraniano. Os Estados Unidos negaram envolvimento direto na ofensiva, mas reforçaram sua preocupação com a segurança na região. O presidente Donald Trump pressionou Teerã por um novo acordo nuclear e alertou que “em breve pode não restar mais nada a negociar”.