A guerra entre Israel e o Hamas completou dois anos nesta terça-feira (7), com mais de 67 mil palestinos mortos e 170 mil feridos, segundo autoridades de saúde em Gaza. Do lado israelense, são 1.665 vítimas, sendo 1,2 mil apenas nas primeiras horas do ataque do Hamas em 2023. O atentado de 7 de outubro é considerado o mais sangrento em 75 anos de história de Israel.

A resposta militar de Israel devastou a Faixa de Gaza, destruindo casas, hospitais e escolas. O cerco imposto pelo exército israelense impede a chegada de ajuda humanitária, o que levou a ONU a alertar para uma crise sem precedentes: uma em cada três pessoas em Gaza passa dias sem comer, e mais de 320 mil crianças estão em risco de desnutrição aguda. Mesmo neste 7 de outubro, tanques e jatos israelenses bombardearam partes do território.

Os esforços internacionais para encerrar o conflito ganharam novo fôlego com o plano de trégua apresentado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A proposta prevê a libertação dos reféns israelenses, a troca por prisioneiros palestinos e o desarmamento do Hamas, com a formação de um governo de transição supervisionado por lideranças estrangeiras. As delegações de Israel e do Hamas iniciam nesta semana negociações indiretas no Egito para discutir a primeira fase do acordo.

O Brasil também reforça seu apelo pela paz, com o presidente Lula defendendo uma atuação mais firme da ONU e a criação de um Estado palestino. O conflito entre Israel e Palestina, que remonta à década de 1940, segue sem solução, sustentado por disputas territoriais, religiosas e políticas. Hoje, Gaza e Cisjordânia permanecem fragmentadas e sob forte controle israelense, enquanto o mundo observa uma das piores crises humanitárias do século.