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Grécia acusa Irã de pirataria após ter navios petroleiros apreendidos por Teerã

Por Folha de São Paulo

27/05/2022 17h36 — em
Mundo



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Guarda Revolucionária do Irã anunciou, nesta sexta-feira (27), ter apreendido dois navios petroleiros da Grécia em águas do Golfo Pérsico. A ação aconteceu dias depois de Atenas ter capturado no mar Mediterrâneo, a pedido dos Estados Unidos, um navio-tanque da Rússia que transportava petróleo bruto iraniano.

Em comunicado, as forças iranianas informaram que as apreensões desta sexta foram feitas devido a "violações" cometidas pelos navios, sem especificar quais.

Teerã também reforçou pedidos pela liberação "imediata" do navio russo apreendido devido a sanções impostas a Moscou relacionadas à Guerra da Ucrânia. A embarcação transportava 115 mil toneladas de petróleo iraniano. Antes, o governo do Irã já havia acusado os EUA de cometerem "clara violação da lei marítima e das convenções internacionais".

O Ministério das Relações Exteriores da Grécia, por sua vez, comparou a ação à pirataria e a classificou como "violenta".

Um porta-voz da polícia portuária grega disse à agência de notícias AFP que o petróleo iraniano seria "transferido para os Estados Unidos [...] na sequência de uma exigência da Justiça americana".

Nesta sexta, Atenas informou que helicópteros da Marinha iraniana transportaram homens armados a bordo dos dois navios petroleiros. Um deles, o Delta Poseidon, estaria navegando em águas internacionais. O segundo, que não foi identificado, foi apreendido próximo da costa iraniana.

O Ministério das Relações Exteriores da Grécia comunicou que nove gregos estavam a bordo dos dois navios. Atenas informou à União Europeia e à Organização Marítima Internacional sobre as apreensões logo após o ocorrido, acrescentou o ministério.

O incidente acontece em meio a tensões diplomáticas entre o Irã e o Ocidente. Potências ocidentais retomaram, no ano passado, negociações em torno do acordo que estabelece mecanismos de controle no programa nuclear de Teerã, com o país tentando suspender as sanções internacionais.


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