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Esquerda e independentes devem ser maioria em Constituinte no Chile

Por Estadão Conteúdo (Agência Estado)

16/05/2021 21h13 — em
Mundo



Com 50% das urnas apuradas, a apuração da eleição da Assembleia Constituinte no Chile indica a maioria de candidatos independentes e de centro-esquerda na redação da nova Carta do país. A centro-direita, apoiada pelo presidente Sebastián Piñera, deve ter menos assentos do que o esperado, num plenário dominado pela oposição.

Até às 22h30 horas de deste domingo, a centro direita tinha 35 dos 155 assentos no Congresso que redigirá a nova Constituição do país, quando esperava eleger pelo menos 52 deputados.

O bloco conservador precisa de pelo menos um terço dos deputados para barrar mudanças constitucionais significativas.

Cindida em duas vertentes - a Apruebo e Apruebo Dignidad - a esquerda somava 51 deputados. Candidatos independentes somavam 43 cadeiras.

Analistas esperavam que a alta abstenção, com a maioria dos eleitores concentrados em bairros de classe média e alta, ainda pudesse favorecer candidatos mais conservadores.

A alta abstenção, com a maioria dos eleitores concentrados em bairros de classe média e alta, ainda pode favorecer candidatos mais

No primeiro dia de votação, no sábado, 3 milhões dos 15 milhões de eleitores foram às urnas. Além da eleição dos constituintes, governadores e vereadores serão eleitos entre 16.730 candidatos para 2.768 cargos.

Centenas de milhares de membros do conselho eleitoral removeram das salas fechadas as urnas lacradas com os votos expressos e não utilizados, que foram guardadas pelas Forças Armadas chilenas durante a noite. Até agora, nenhuma irregularidade foi relatada.

A falta de interesse dos eleitores provocou críticas nas redes sociais, já que a assembleia foi convocada após forte mobilização popular em 2019.

A eleição dos constituintes tem vários fatos inéditos no Chile: serão escolhidos de forma equilibrada entre 45% e 55% de candidatos homens e ter uma nova Constituição redigida por uma convenção conjunta foi uma decisão tomada em outubro do ano passado por 79% dos chilenos que participaram de um plebiscito, fruto de uma saída institucional da classe política para conter violentos protestos de rua.

O modelo econômico do país, herdado da ditadura de Augusto Pinochet, é alvo de muitas críticas. COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS


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