A embaixadora do Brasil na Venezuela, Gilvânia Maria de Oliveira, compareceu, nesta sexta-feira (10), à cerimônia de posse de Nicolás Maduro em Caracas, onde o presidente venezuelano prestou juramento para seu terceiro mandato. Apesar do comparecimento, o governo brasileiro não reconheceu oficialmente a vitória de Maduro, que é contestada pela oposição e por organismos internacionais, que alegam fraude nas eleições de 2024. Em meio à controvérsia, o presidente Lula e líderes internacionais pedem a divulgação das atas eleitorais.

O Brasil mantém uma postura diplomática ao decidir não romper relações com a Venezuela, mesmo diante das tensões. Embora a relação política entre Lula e Maduro tenha se distanciado, o governo brasileiro acredita que é importante manter canais de diálogo, especialmente considerando as implicações de crises na Venezuela sobre o Brasil, como a questão migratória. Desde 2023, já estava decidido que a embaixadora representaria o Brasil na posse, uma decisão que foi mantida, apesar das circunstâncias.

No discurso de posse, Maduro desafiou a legitimidade da oposição, afirmando que "ninguém impõe um presidente à Venezuela". Enquanto isso, a Suprema Corte venezuelana, alinhada ao regime, proibiu a divulgação das atas eleitorais, complicando ainda mais a situação política e aumentando a pressão sobre o governo brasileiro para que se posicione.