Diante de bloqueio de Israel, mais 6 morrem de fome em Gaza
O número de mortos por fome e desnutrição na Faixa de Gaza subiu para 175, após seis novas mortes registradas nas últimas 24 horas, informou o Ministério da Saúde local neste domingo (3). A crise humanitária se agrava em meio à escassez de alimentos, água e medicamentos, afetando principalmente mulheres e crianças no enclave palestino.
Após meses de bloqueio, Israel permitiu recentemente a entrada limitada de suprimentos. Segundo a agência militar Cogat, quatro caminhões-tanque com combustível da ONU conseguiram cruzar a fronteira para abastecer hospitais, padarias e cozinhas públicas. A entrada de veículos pelo Egito, no entanto, ainda não foi confirmada, e a oferta continua insuficiente diante da demanda. As informações são da agência Reuteurs.
O fornecimento irregular de combustível tem deixado os serviços de saúde à beira do colapso. Hospitais operam com energia mínima, e médicos são obrigados a priorizar apenas pacientes em estado grave. A ONU alerta que, apesar da entrada de parte da ajuda por terra e dos lançamentos aéreos feitos por países como Bélgica e França, a assistência ainda está longe de evitar a fome em larga escala entre os mais de dois milhões de habitantes de Gaza.
Desde o início da guerra, em outubro de 2023, mais de 60 mil pessoas já foram mortas no território, segundo autoridades locais. A ONU estima que pelo menos 798 palestinos morreram apenas tentando acessar alimentos desde maio, reforçando o colapso das condições de vida no enclave. Agências humanitárias pedem a abertura urgente de rotas seguras e permanentes para a entrada de ajuda em Gaza.
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