WASHINGTON — Hillary Clinton foi considerada a grande vencedora do primeiro debate eleitoral deste ano nos EUA, mas, na primeira pesquisa feita após o enfrentamento com Donald Trump, na noite de segunda-feira, os resultados se mostraram inalterados. De acordo com o levantamento da Reuters/Ipsos, feito com 2.036 eleitores na terça e quarta-feiras, a vantagem da democrata se manteve em quatro pontos percentuais sobre o republicano.

O novo levantamento, divulgado no fim da tarde desta quarta-feira, mostra Hillary com 42%, Trump com 38%, Gary Johnson (Libertário) com 7% e Jill Stein (Verde) com 2%. No levantamento feito entre os dias 22 e 26 — antes do debate — os resultados eram absolutamente os mesmos, considerando os "prováveis eleitores".

No levantamento apenas entre os dois líderes, nova repetição de valores: vantagem de seis pontos percentuais para Hillary, que vai a 44% da preferência dos eleitores, com Trump marcando os mesmo 38% da pesquisa ampliada com os candidatos dos outros partidos. O levantamento anterior ouviu 1.705 eleitores, de acordo com a Reuters e o instituto de pesquisa Ipsos.

O confronto direito entre os candidatos à Presidência dos EUA foi acompanhado na segunda-feira por mais de 80,9 milhões de americanos. Este foi o debate mais assistido na História do país, segundo uma pesquisa da “Nielsen”. Para a maioria dos analistas, a democrata Hillary Clinton venceu a primeira batalha contra o seu rival republicano, Donald Trump.

No debate, a ex-secretária de Estado mostrou-se mais preparada e experiente, colocando o magnata na defensiva. Em pesquisa divulgada pela CNN logo após o confronto na noite de segunda-feira, 62% dos entrevistados consideraram Hillary vitoriosa. Num sinal de que os investidores também viram vantagem na democrata, as ações na Ásia se recuperaram de perdas iniciais nesta terça-feira.

A democrata resistiu aos ataques e provocações de Trump, num debate em que os candidatos mostraram visões opostas sobre os Estados Unidos e se confrontaram em temas como economia, discriminação racial e credibilidade. Hillary deixou o republicano na defensiva, levantando dúvidas sobre seu temperamento para liderar o país. Sorridente e sem perder a pose, ela acusou Trump de racismo, sexismo e sonegação fiscal.