O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, implementou um aumento nas tarifas de importação de aço e alumínio, que entrou em vigor nesta quarta-feira (12). Essa medida, que impõe uma taxa de 25% sobre as importações desses metais, já provocou respostas rápidas do Canadá e da Europa, revelando um cenário de tensões comerciais globais.

Com as novas tarifas, produtos derivados como porcas, parafusos e latas de refrigerante também estão sujeitos à cobrança, o que impacta diretamente o Brasil, segundo maior fornecedor de aço para os EUA. Em resposta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo brasileiro está avaliando estratégias para proteger o setor siderúrgico nacional e que as negociações com os EUA estão abertas.

Após o anúncio das tarifas, a Comissão Europeia declarou que pretende impor tarifas compensatórias sobre produtos americanos que podem totalizar até 26 bilhões de euros (cerca de US$ 28 bilhões). Esta ação é parte de um esforço para contrabalançar os efeitos das tarifas de Trump e proteger os interesses comerciais europeus.

No Canadá, o ministro das Finanças, Dominic LeBlanc, informou que o país aplicará tarifas retaliatórias de aproximadamente US$ 20,6 bilhões a partir de quinta-feira (13), atingindo uma variedade de produtos, incluindo computadores e equipamentos esportivos. O Canadá, que fornece cerca de 6 milhões de toneladas de aço aos EUA anualmente, já havia tentado retaliar com tarifas sobre eletricidade, mas recuou após ameaças de Trump de aumentar as tarifas.

Diversos países, como a China e a Alemanha, também manifestaram suas preocupações. A China considerou as tarifas uma violação das normas da Organização Mundial do Comércio e prometeu proteger seus interesses. Por outro lado, o chanceler alemão, Olaf Scholz, criticou as barreiras comerciais impostas pelos EUA, defendendo a necessidade de menos restrições e mais cooperação comercial global. O Reino Unido e a Austrália também expressaram descontentamento, mas ainda não tomaram medidas de retaliação imediatas.