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Caminhões de ajuda entram em Gaza enquanto Hamas tenta mudar lista de presos a serem libertos

Por Folha de São Paulo

12/10/2025 9h30 — em
Mundo



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Dezenas de caminhões de ajuda estão entrando na Faixa de Gaza neste domingo (12), terceiro dia de cessar-fogo na guerra entre Israel e Hamas no território palestino após as partes concordarem com a primeira fase de um acordo de paz, na quarta-feira (8).

A entrada de ajuda humanitária em Gaza, que passa por uma grave crise humanitária devido ao bloqueio de Tel Aviv, faz parte do que foi acordado entre os negociadores em Sharm el-Sheikh, no Egito, ao longo desta semana. O fluxo, no entanto, ainda não é suficiente para atender a demanda do território devastado por dois anos de bombardeio, segundo o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).

"O que Israel precisa fazer é muito simples", afirmou à BBC News James Elder, porta-voz do órgão. "Abrir várias passagens, não apenas uma." "Há cinco ou seis que Israel poderia abrir, e isso significa que esses caminhões, esses 1.000 caminhões, não seguirão uma única rota. Eles terão múltiplos pontos de entrada", continuou ao veículo britânico.

Enquanto isso, em uma nova rodada de negociações que ocorre neste domingo, o Hamas pressiona por mudanças de última hora na lista de prisioneiros palestinos a serem libertados em troca de reféns israelenses.

O acordo de paz, baseado em um plano de 20 pontos proposto pelo republicano, prevê a libertação dos 47 reféns restantes, vivos e mortos, de um total de 251 sequestrados durante o ataque terrorista do Hamas a Israel, em 7 de outubro de 2023. Em troca, Tel Aviv libertará 250 prisioneiros palestinos e 1.700 moradores de Gaza detidos desde o início da guerra.

A lista inicial de prisioneiros palestinos não incluía nenhuma figura emblemática da luta armada palestina. Agora, porém, uma pessoa próxima das negociações disse à BBC News que o grupo terrorista quer libertar sete prisioneiros de alto perfil, incluindo Marwan Barghouti e Ahmad Saadat.

O primeiro foi condenado a prisão perpétua após planejar ataques que mataram quatro israelenses e um grego; o segundo cumpre uma pena de 30 anos de prisão por envolvimento em atentados, incluindo um que matou um ministro de Israel, em 2001.


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