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Ativista morto no Texas estava empurrando a cadeira de rodas da noiva

Por Folha de São Paulo

27/07/2020 8h04 — em
Mundo



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A polícia de Austin, no estado americano do Texas, está investigando a morte do ativista Garrett Foster, que foi baleado durante um protesto antirracista na noite de sábado (25). Um suspeito foi preso.

A mãe dele, Sheila Foster, contou a veículos de imprensa americana que, na hora em que foi atingido, ele estava empurrando a cadeira de rodas da noiva, Whitney Mitchell, que é amputada. O casal estava participando de manifestações parecidas havia mais de 50 dias.

"Ele estava indo porque tinha um senso muito forte de justiça e era contra a brutalidade policial", afirmou Sheila no programa Good Morning America, da rede de televisão amerciana ABC. "Ele também queria apoiar a noiva, que é negra."

Antes de identificar a vítima, a polícia de Austin havia informado que ele tinha sido visto na manifestação em posse de um rifle. De acordo com o "New York Times", ele estava carregando um AK-47, assim como outros manifestantes. As leis do Texas são liberais com relação à posse de armas e é comum ver pessoas armadas em protestos no estado.

Sheila Foster disse que "não ficaria surpresa" se ele estivesse armado, já que ele tinha licença para carregar o rifle e "deve ter sentido a necessidade de se proteger".

Na hora do tumulto, um carro acelerou na direção dos manifestantes e uma pessoa que estava dentro do veículo disparou contra o grupo. Foster chegou a ser levado para o hospital, mas morreu logo depois de chegar.

A morte do ativista gerou muitas manifestações nas redes sociais durante todo o domingo. Mais de U$ 108.000 (cerca de R$ 564.000) foram arrecadados em doações para cobrir os custos da família com o enterro e outras despesas.

Protestos contra o racismo e a violência policial vêm sendo realizados, além de em Austin, em diversos pontos dos Estados Unidos desde a morte de George Floyd, em maio. Em Portland, no estado de Oregon, agentes federais foram enviados para intervir após 58 dias seguidos de manifestações.

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