A Apple foi alvo de um processo coletivo movido por acionistas nesta sexta-feira (20), acusando a companhia de exagerar o avanço de sua tecnologia de inteligência artificial, especialmente em relação à assistente de voz Siri. Os investidores alegam que a Apple minimizou o tempo necessário para implementar esses recursos, o que teria prejudicado as vendas do iPhone e causado queda no valor de mercado da empresa.

De acordo com informações da agência Reuters, a ação engloba acionistas que podem ter sofrido perdas bilionárias no período de um ano encerrado em 9 de junho. Nesse intervalo, a Apple apresentou mudanças no design de seus dispositivos, mas postergou a inclusão efetiva de ferramentas de IA. Entre os réus estão o CEO Tim Cook, o diretor financeiro Kevan Parekh e o ex-CFO Luca Maestri.

O grupo de investidores afirma que foi levado a crer, durante a conferência WWDC de 2024, que a IA seria central na nova geração do iPhone. No entanto, alegam que a Apple não possuía, na ocasião, um protótipo funcional da Siri com recursos baseados em inteligência artificial e que sabia que esses avanços não estariam prontos a tempo do lançamento do iPhone 16.

As ações da Apple vêm sofrendo queda desde o pico histórico registrado em dezembro de 2024, acumulando uma desvalorização de cerca de 25%, o que representa uma perda estimada em US$ 900 bilhões em valor de mercado. A decepção com os anúncios da Apple na WWDC de 2025 reforçou o sentimento de frustração entre analistas. Segundo a Bloomberg, executivos da companhia teriam cogitado adquirir a startup de IA Perplexity, possível concorrente da OpenAI.