Manaus/AM - Diogo da Silva Magalhães, 26, Manuel Eduardo Ramalho Angelim, 44, Jefferson Izidoro Ramos, 44, Isaías Jacó Braga dos Reis e um taxista conhecido como “Peixe”, foram presos suspeitos de integrarem uma organização criminosa especializada em roubos conhecidos como “saidinhas de banco” em Manaus. Um deles, Manuel, é funcionário do Ministério Público (MPE-AM) há pelo menos oito anos.

Segundo a polícia, os suspeitos foram presos durante a “Operação Personare”, deflagrada desde a última sexta-feira (15) em Manaus. Diogo e Jacó foram presos nesse domingo (17), em um táxi na barreira policial da BR-174.

Diogo é um detento do regime semiaberto e teria pulado o muro da cadeia para fugir na tarde de ontem. Ele, a esposa e Isaías acabaram interceptados por uma blitz polícia, no momento da abordagem, Diogo estava com uma identidade falsa. O taxista conhecido como “Peixe”, também foi preso acusado de ser o responsável pela logística do grupo durante os roubos.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Guilherme Torres, a organização passou a ser investigada depois que pensionistas do MPE-AM, começaram a ser assaltados em série. Um deles ocorreu em julho quando uma pensionista foi roubada na porta de casa, logo após ter sacado o dinheiro. Outro caso aconteceu em agosto e teve o mesmo “modus operandi”.

Ainda no início das investigações, os policiais conseguiram identificar e prender Jefferson. A partir do depoimento dele, foi possível chegar aos outros suspeitos. Conforme Torres, era Manuel, um motorista do MPE, quem passava as informações sobre os pensionistas. O restante do grupo acompanhava a rotina e executava os roubos, considerados por eles como “fácil” pela vulnerabilidade das vítimas

Além dos assaltos, o grupo também é envolvido com o tráfico de drogas e homicídios. Torres afirma que durante a prisão, questionado sobre as armas utilizadas nos assaltos, Diogo revelou que as mesmas estavam escondidas na casa do pai dele, Francisco Enildo Magalhães, no bairro Colônia Antônio Aleixo, na Zona Leste de Manaus.

Um equipe se dirigiu ao local, e lá Francisco entregou que o armamento estava em um caixa d’água, na laje da residência. Foram apreendidos duas pistolas de uso exclusivo da Polícia Civil, quatro carregadores, munições, dois carregadores de metralhadora e um carro. Enildo foi preso por posse ilegal de arama de fogo de uso restrito.

Foto: Pedro Braga Júnior/Portal do Holanda