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Violência entre Israel e palestinos aumenta após plano de Trump

Por Estadão Conteúdo (Agência Estado)

07/02/2020 4h15 — em
Mundo



Um atropelamento intencional no centro de Jerusalém deixou 14 feridos ontem, a maioria soldados israelenses, em um dia de violência em que três palestinos morreram em confrontos com o Exército de Israel, um deles abatido após disparar contra policiais.

Os incidentes ocorreram nove dias após o anúncio do plano de paz dos EUA para o Oriente Médio, que pretende transformar Jerusalém na capital "indivisível" de Israel, recebido com entusiasmo pelos israelenses e rejeitado pelos palestinos. Segundo o Exército de Israel, um soldado ficou gravemente ferido e os outros tiveram ferimentos leves. Os militares prenderam um suspeito e consideraram o atropelamento ataque terrorista.

A polícia informou que o carro avançou contra a multidão na altura da Estação Primeira, centro de lazer e vida noturna de Jerusalém Ocidental, no limite com a parte leste da cidade. "As unidades policiais e os socorristas foram enviados ao local. Uma investigação foi aberta por ato terrorista", disse o porta-voz da polícia israelense, Mickey Rosenfeld.

De acordo com a rádio pública israelense, entre os militares feridos estavam recrutas que seguiam para uma cerimônia no Muro das Lamentações.

Em Jenin, ao norte da Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967, dois palestinos foram mortos a tiros pelo Exército israelense e seis ficaram feridos durante um confronto. Segundo funcionários palestinos, tudo começou quando os soldados começaram a demolir a casa de Ahmed Qanbah, membro de um comando que executou um ataque em 2018 que provocou a morte de um rabino na região de Nablus.

O governador de Jenin, Akram Rajoub, disse que uma das vítimas era Yazan Abu Tabikh, de 19 anos, que estudava na academia de polícia e estava jogando pedras contra os soldados. O outro era Tarek Badwane, de 25 anos, membro das forças de segurança palestinas.

Horas depois, soldados abriram fogo contra um palestino na Cidade Velha de Jerusalém que havia disparado contra eles. O homem morto era um árabe-israelense morador de Haifa.

Desde o anúncio do plano de Donald Trump, manifestações diárias são registradas na Cisjordânia. As tensões também estão altas em Gaza, com palestinos disparando esporadicamente foguetes contra o sul de Israel. Nabil Abu Rudeinah, porta-voz do presidente palestino, Mahmoud Abbas, atribuiu a escalada ao plano de Trump, que permite que Israel anexe o Vale do Jordão e as colônias judaicas nos territórios ocupados. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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