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Cristina Kirchner assume Presidência de forma interina e militância se anima

Por Folha de São Paulo

21/01/2020 10h45 — em
Mundo



BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) - A partir das 14h desta terça-feira (21), Cristina Kirchner voltará a ser presidente da Argentina, de forma interina. Neste horário, decola o avião em que o presidente Alberto Fernández viaja com sua comitiva para Jerusalém.

Será uma interinidade de quatro dias. Porém, poucos dias depois, o presidente voltará a viajar, por uma semana, desta vez para a Europa, onde terá um encontro com o papa Francisco e visitará outros chefes de Estado. A lista de países ainda não foi confirmada.

Apesar do curto período no posto, a militância se animou. A hashtag #CristinaPresidente foi parar nos trending topics (assuntos mais comentados) do Twitter e militantes preparam uma homenagem para o horário em que ela voltará à função que exerceu por oito anos (2007-2015). 

Ao voltar nesta terça-feira à Presidência, Cristina terá completado 1.503 dias longe do principal posto do país, desde que entregou o poder ao adversário Mauricio Macri, em 2015.

Apesar da festa dos militantes e da cara feia dos opositores, Cristina Kirchner não quer muita atenção voltada a essa interinidade. Decidiu, por exemplo, que não irá para a Casa Rosada -onde há um escritório para a vice-presidente, que ela desde o início disse que não quer usar. Prefere ficar no seu escritório no Senado, segundo seus assessores, "para não criar expectativas nem especulações". 

Cristina retornou há poucos dias de Cuba, onde tem ido regularmente para visitar a filha, internada por uma severa depressão e por um linfedema (inchaço no sistema linfático).

Ao voltar, retomou a atividade em seu Twitter, onde tem opinado bastante sobre o caso Nisman -a morte misteriosa do promotor que a acusou de obstrução de Justiça e que resultou em um processo a que ainda está respondendo- e opinou positivamente sobre o documentário da Netflix sobre o caso, do britânico Justin Webster.

Apesar de estar respondendo a nove processos na Justiça, Cristina pode ser condenada, porém não presa, por conta do foro privilegiado que a protege enquanto for vice-presidente.

O caso Nisman, que completou cinco anos na semana passada, provocou um ato na praça de Maio em que centenas de pessoas compareceram, a maioria delas carregando cartazes contra Cristina, que a acusavam de ter sido a autora intelectual de um possível assassinato.

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