Manaus/AM - O presidente-diretor da Superintendência Estadual de Habitação do Amazonas (Suhab), Jivago de Castro, afirmou que o governo tem adotado novas estratégias para reduzir o déficit habitacional no estado e ampliar o reassentamento de famílias que vivem em áreas de risco. Em entrevista ao Portal do Holanda, ele explicou que o programa "Amazonas Meu Lar" busca oferecer alternativas que vão desde moradias definitivas até auxílios e subsídios para facilitar o acesso à casa própria. "O objetivo do governador Wilson Lima, ao lançar o programa, foi justamente reduzir o déficit habitacional no Estado do Amazonas", afirmou.

Jivago destacou que o programa atua em diferentes frentes, especialmente no reassentamento de famílias que vivem próximas a igarapés e áreas vulneráveis. Segundo ele, mais de 5 mil pessoas já foram atendidas em comunidades como Sharp e Manaus 2000, seja com indenizações, auxílio ou entrega de apartamentos. "Estamos próximos de entregar um platô com mais de 500 unidades habitacionais na Sharp. A ideia é seguir avançando para outras áreas de risco", disse. O diretor também citou parcerias com o governo federal para construção de mais de 1,5 mil moradias em municípios do interior. 

Ao falar sobre o impacto das chuvas e a ocupação irregular em Manaus, o presidente enfatizou que a Suhab atua em conjunto com a Defesa Civil para monitorar áreas de risco e orientar famílias. "Para nós, o mais importante é preservar vidas. Muitas áreas não são seguras para habitação, e por isso alertamos e notificamos as pessoas para evitar tragédias", explicou. Ele lembrou que a região enfrenta peculiaridades climáticas e estruturais que intensificam problemas de alagamentos e deslizamentos.

Jivago também reforçou que os projetos do governo incluem ações integradas com saneamento, drenagem e revitalização de igarapés, muitas vezes executadas pelo próprio Estado. Quando questionado sobre qual o retorno que a Águas de Manaus, concessionária responsável pelo serviço de gerenciamento de esgoto, dá para o Estado, ele disse que não dá para trabalhar habitação sem pensar em saneamento. É um trabalho conjunto, mas nem sempre a concessionária entrega o que deveria. Quando isso acontece, o Estado intervém para não deixar a população desassistida. "É um trabalho conjunto com municípios, concessionárias e governo federal", afirmou. Ele citou obras em Parintins, Manaus e outros municípios como exemplos de intervenções que incluem drenagem, abastecimento e construção de moradias. 

No encerramento da entrevista, o presidente informou que mais de 180 mil pessoas já estão inscritas no programa habitacional e reforçou o alerta para golpes envolvendo falsas listas de beneficiários. "Todas as informações oficiais são divulgadas pelo Governo do Estado. Não existe terceirizado oferecendo apartamento ou inclusão em lista", alertou. Jivago de Castro concluiu dizendo que o objetivo é garantir acesso democrático à moradia. "Com o subsídio de até R$ 35 mil, muitas famílias conseguem financiar parcelas menores do que um aluguel e realizar o sonho da casa própria", afirmou.