“Leia a Bula” aborda os desafios da assistência farmacêutica em comunidades ribeirinhas
Nesta segunda-feira (6), o quadro “Leia a Bula” trouxe à tona um tema essencial para a saúde pública: a assistência farmacêutica em comunidades ribeirinhas. A apresentadora e farmacêutica Ednilza Guedes recebeu o professor Thiago Albuquerque, coordenador de pesquisa e extensão na Universidade Estácio de Sá, para discutir os desafios e soluções que envolvem o acesso ao medicamento em regiões de difícil alcance, como áreas fluviais da Amazônia.
Durante o programa, foram destacados os principais obstáculos enfrentados por essas populações, como a escassez de profissionais, dificuldades logísticas no transporte de medicamentos, falta de energia elétrica para conservação de fármacos sensíveis e barreiras culturais que dificultam a comunicação entre os agentes de saúde e os moradores locais.
Thiago Albuquerque ressaltou que a presença do farmacêutico é fundamental para garantir o uso racional dos medicamentos, promover educação em saúde e acompanhar pacientes com doenças crônicas. “A assistência farmacêutica é uma ponte entre o saber técnico e o cuidado humano, especialmente em territórios onde o acesso à saúde ainda é desigual”, afirmou.
Entre as estratégias apontadas estão as farmácias fluviais — embarcações equipadas para levar medicamentos e orientação farmacêutica — e a telefarmáca, que permite consultas remotas. A capacitação de agentes comunitários e a valorização da medicina tradicional também foram citadas como formas de integrar saberes locais ao cuidado moderno.
O programa reforçou que levar assistência farmacêutica às comunidades ribeirinhas é uma ação de justiça social, que fortalece o Sistema Único de Saúde (SUS) e promove equidade no atendimento.
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