afp.com / Alexander Klein

BUDAPESTE (AFP) - Os Grandes Prêmios da Índia e da Coreia do Sul estariam no topo de uma lista de provas que o 'chefão' Bernie Ecclestone pretende tirar do calendário da Fórmula-1 para criar três novas corridas, nos Estados Unidos, na Rússia e na Áustria.

De acordo com informações apuradas pela AFP no último fim de semana durante do GP da Hungria, os dois eventos estariam ameaçados por motivos políticos e financeiros.

Na Índia, nos arredores da capital Nova Délhi, o circuito de Buddh foi totalmente bancado por investidores privados, mas a corrida não conseguiu atrair um bom público nas suas duas primeira edições (a primeira foi em 2011).

Além disso, o governo indiano nunca mostrou muito interesse pela Fórmula 1 em si, mas sim pela possibilidade de receber impostos sobre a renda dos pilotos durante sua passagem no país.

"Eles seriam taxados em 1/19 ou 1/20 da sua remuneração, de acordo com o número total de provas do campeonato mundial", explicou à AFP um jornalista indiano.

Ecclestone já teria aceito pagar um montante fixo para esta temporada, mas não estaria disposto a fazê-lo novamente me 2014, ainda mais com a presença de outros candidatos batendo à porta da Fórmula 1.

No caso da Coreia do sul, o circuito Yeongam acumula um grande prejuízo desde 2010 e o governo local já teria deixado claro que preferiria que a prova seja retirada do calendário.

Já a Jaypee Sports International, organizadora do GP da Índia, disse pelo contrário que não queria abrir mão do evento. "Não tivemos nenhuma conversa à respeito deste assunto com dirigentes da Fórmula 1, explicou à AFP Askari Zaidi, porta-voz da Jaypee Sports.

"O nosso acordo vale até 2015 e pretendemos organizar as corridas pelo menos até este ano", completou.

Existe a grande possibilidade de inclusão de pelo menos duas provas novas para o calendário de 2014: o da Rússia, no Parque Olímpico dos Jogos de Inverno de Sotchi, e na Áustria, no Red Bull Ring (ex-A1 Ring), que já recebeu corridas da F1 no passado). Os Estados Unidos também gostariam de receber mais um GP além do de Austin, no Texas, em Nova Jersey.