Whindersson Nunes abriu o coração em conversa com a psicóloga Pamela Magalhães no podcast Parece Terapia, que estreia nesta quinta-feira (30) às 20h30 (horário de Brasília). O humorista relembrou momentos delicados de sua vida, como sua internação em fevereiro deste ano e a perda do filho João Miguel, que morreu dois dias após nascer prematuramente, em maio de 2021.

“Tem uma coisa que eu vi em algum lugar, mas não me lembro direito o que é. Também não sei se é exatamente isso, mas acho que se chama 'silêncio judeu'. Não sei se você já ouviu falar. Eu estava lendo… tô me lembrando aqui… que é tipo assim: você está numa situação em que não tem palavras, então oferece sua presença à pessoa e fica ali, em silêncio”, disse.

“Não sei se eu sou uma pessoa que gosta muito disso, não. Acho que não gosto muito, sou mais de ficar só mesmo. E assim, não tô num momento de dor, nem num momento difícil. Eu fico bem sozinho. É. Prefiro. Não me incomoda a presença, me incomoda aquela coisa da pessoa se esforçar pra me tirar de um momento que eu sei que eu preciso passar. Não tem muito o que fazer”, continuou.

Ao falar sobre a perda do filho, o humorista criticou algumas reações que recebeu na época. “Não é que seja difícil ajudar, mas acho que falta tato. Muita gente não tem tato hoje. Por exemplo, quando eu perdi um filho, apareceu muita gente dizendo: ‘Ah, mas você vai ter outro, relaxa…’ Como se o problema fosse eu não ter uma criança física comigo. Mas não é isso."

O podcast estreia nesta quarta às 20h30 (hora de Brasília). 

"Eu tive um bebê, e agora não tenho mais ele. Eu queria ele, entende? Sim, posso ter outros filhos, se eu quiser. Já teria tido, pra falar a verdade. Mas não é assim que funciona. Essas coisas irritam. Não me tiram do sério, mas me irritam um pouco”, completou.

Em fevereiro deste ano, Whindersson se internou voluntariamente em uma clínica psiquiátrica no interior de São Paulo para cuidar da saúde mental. Na época, sua produtora informou: “O motivo da internação é o cuidado com sua saúde, buscando o tratamento adequado para seu bem-estar”. Após semanas de acompanhamento médico, ele recebeu alta no fim de março, “feliz com sua evolução”.