Mesmo com exame positivo, Hungria não sofreu intoxicação por metanol; entenda
Após o rapper Hungria rebater o Ministério da Saúde afirmando que resultados de exames da rede particular onde ele ficou internado apontaram que havia metanol em seu organismo, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal reafirmou nesta terça-feira (7) que está descartada a suspeita de intoxicação por metanol. O cantor ficou internado por quatro dias em Brasília com sintomas que levantaram essa hipótese, mas exames realizados no sangue e nas bebidas consumidas por ele mostraram níveis muito baixos da substância — muito abaixo do considerado perigoso.
Mesmo assim, a equipe do artista divulgou um laudo que aponta a presença de metanol no sangue de Hungria, o que reacendeu o debate. O documento, porém, indica uma concentração de 0,54 mg por 100 ml de sangue, enquanto o valor mínimo para caracterizar intoxicação é de 20 mg — ou seja, o resultado de Hungria é 37 vezes menor do que o valor considerado tóxico.
Entenda - Em nota, a Secretaria de Saúde explicou que pequenas quantidades de metanol podem aparecer no organismo após o consumo de bebidas alcoólicas comuns, dentro dos limites de segurança. “A detecção de metanol em valores abaixo do limiar de toxicidade não confirma intoxicação”, esclareceu o órgão.
A assessoria do cantor informou que os médicos aguardam contraprovas, mas especialistas ressaltam que a concentração encontrada é compatível com a ingestão de bebidas regulares e não adulteradas.
Casos - Até a segunda-feira, 6, o Brasil havia registrado 17 casos confirmados de intoxicação por metanol --- a maioria no estado de São Paulo --- e 217 notificações de suspeitas do caso. O Paraná registrou dois casos e investiga outros quatro. Ao todo, 12 estados notificaram suspeitas ainda em investigação, enquanto Bahia, Distrito Federal e Mato Grosso descartaram ocorrências.
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