Marco Pigossi falou sobre o momento que se descobriu gay. O ator lançará um documentário sobre a comunidade LGBTQIA+ nas eleições municipais do Rio de Janeiro, em 2020, chamado ‘Corpolítica’.

Em entrevista ao podcast ‘Calcinha Larga’, o ator relembrou que tinha pânico em assumir sua orientação sexual. “Me descobri gay muito cedo e veio uma fama muito grande para mim também, né? Tinha o peso da coisa do armário. E tinha a coisa do galã. Então, sair do armário, para mim, não era para minha mãe e para os meus amigos. Era para milhões e milhões de pessoas”, esclareceu.

Na novelas, Pigossi sempre foi visto como um galã para o público o que acabou dificultando mais ainda para ele ‘se revelar’. “Me escondi dentro desse privilégio, dentro desse armário, por muitos anos porque eu não tinha condição, tinha muito pânico de qualquer coisa acontecer. Envolve a minha carreira também. Não é que ‘ai, vou sair do armário mas ali no meu escritório de advocacia ninguém sabe’, entende? Era uma coisa que era nacional”, contou.

Ele falou sobre o medo de sua orientação sexual impactar negativamente nos seus personagens, já que a maioria eram personagens machões e mulherengos.

“Uma frase muito replicada na época era que se as pessoas bem que você é gay, elas não voa acreditar nos seus personagens, se eles se apaixonarem por uma mulher. As pessoas vão ver em casa e vão falar: ‘Ah, ele gosta de homem, não acredito nisso’. Isso era o que era falado, o que era exposto”, relembrou.

“Não era uma questão pequena dentro da família e dos amigos. Era tudo: o meu trabalho, sair do armário nacionalmente. Demorou muito para eu me sentir forte o suficiente para colocar isso”, finalizou.