Ex-prefeito suspeito de associação com o tráfico teria planejado matar rival político
RIO — Não é a primeira vez que Carlos Moraes aparece nas notícias policiais. Antes de ser preso, na última sexta-feira, suspeito de associação com o tráfico, o agora ex-prefeito de Japeri já havia se envolvido em outra polêmica. Em 2007, o então prefeito Bruno Silva denunciou ao Ministério Público um suposto plano para matá-lo, e entre os acusados estava Moraes, então pré-candidato às eleições de 2008. Na ocasião, ele negou qualquer tipo de envolvimento com o suposto plano e ainda declarou que também fora ameaçado no ano anterior.
Formado em Direito, Moraes é conhecido por seu jeito explosivo e “cabeça-dura” e não é muito de aceitar opiniões. Iniciou a vida política como vereador de Nova Iguaçu, em 1989, presidiu a Câmara Municipal e depois liderou o processo de emancipação do então Distrito de Japeri. Em 1993, tornou-se o primeiro prefeito do novo município. Foi novamente eleito e, ano passado, assumiu seu terceiro mandato à frente da administração municipal após vencer as eleições de 2016 com mais de 24 mil votos.
Restabelecer os serviços públicos e atrair empresas para gerar emprego eram suas principais propostas de governo. Ao tomar posse, Moraes anunciou que suspenderia os serviços da prefeitura por um mês, para auditar as contas de seu antecessor, Ivaldo Barbosa. Nenhum resultado foi divulgado. No último dia 17, a assessoria da prefeitura informou à jornalista Berenice Seara, do Extra, que Moraes não pararia o governo para investigar o adversário e que a tarefa era executada pelo MP e Tribunal de Contas do Estado.
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