Rússia acusa Guaidó de alimentar conflito na Venezuela
O Governo russo, através do Ministério do Exterior da Rússia, emitiu um comunicado nesta terça-feira (30) acusando o opositor Juan Guaidó de “alimentar o conflito” na Venezuela. Além disso, fez um pedido por negociações para evitar um banho de sangue.
“A oposição radical na Venezuela usou mais vez de métodos severos de confronto” que apenas “alimentam o conflito”, declarou o Ministério do Exterior da Rússia.
Apoio de militares
O líder opositor Juan Guaidó anunciou em um pronunciamento diante da Base Aérea de La Carlota, uma das mais importantes da Venezuela, que obteve o apoio dos militares para "pôr um fim à usurpação", em referência a derrubada do presidente Nicolás Maduro.
Ele estava acompanhado de seu padrinho político, Leopoldo López, que fugiu da prisão domiciliar com auxílio de agentes do Sebin, o serviço secreto venezuelano.
López e Guaidó convocaram manifestações de rua para respaldar sua movimentação contra o governo. Pelo menos 3 mil pessoas se dirigiram aos arredores da base e foram reprimidos por soldados leais a Maduro. Houve confronto e blindados chavistas arremeteram contra a multidão.
O ministro da Defesa Vladimir Padrino disse que a tentativa de golpe foi debelada em todos os regimentos militares. O homem forte do chavismo, Diosdado Cabello, convocou militantes chavistas e milícias civis armadas a defender o Palácio de Miraflores. Algumas centenas de pessoas apareceram.
Há relatos de que o principal general que teria se aliado a Guaidó seria José Ornellas Ferreira, chefe de gabinete das Forças Armadas, além de alguns agentes do Sebin. Se isso for confirmado, representaria um ganho importante para Guaidó, que até agora reuniu apoio de soldados de baixa patente e alguns oficiais da reserva e adidos militares.
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