Promotor diz ver chance mínima de GP Brasil ter público reduzido e aguarda data
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O Grande Prêmio do Brasil é uma das provas que estão aguardando a decisão da Fórmula 1 a respeito do restante do calendário da temporada, que começa em duas semanas, dia 5 de julho. Somente oito GPs foram confirmados até o momento, mas a expectativa da Liberty Media, que detém os direitos comerciais da categoria, é conseguir fazer de 15 a 18 etapas em 2020. Originalmente, o campeonato começaria em março e teria 22 GPs. Até o momento, a Interpub, empresa responsável pela promoção do GP do Brasil, não recebeu a confirmação de uma data para a prova, originalmente marcada para o dia 15 de novembro. A ideia dos organizadores é colocar ingressos a venda assim que o calendário for confirmado, e o promotor Tamas Rohonyi admite que, se houver a necessidade de vender uma quantidade limitada de ingressos devido a medidas anti-coronavírus, seguirá as determinações. Até o momento, todas as oito provas confirmadas pela F-1, entre julho e setembro, serão sem a presença de público. "Em relação a nossa corrida, por nossa parte, não há dificuldade nenhuma. Nossa empresa continua com os trabalhos de organização e aguardamos apenas a confirmação da data para iniciar a venda de ingressos. Acreditamos que a corrida possa ser antecipada uma semana em relação à data original, mas nada disto foi confirmado pela F-1. A possibilidade de não admitir público, eu acho mínima, mas se tiver de criar condições para distanciamento, será feito", afirmou Rohonyi à reportagem. Quando a Liberty Media anunciou as oito primeiras etapas, a ideia era de que elas formariam a parte europeia da temporada. Porém, desde então, o diretor-técnico da F-1, Ross Brawn, indicou que mais provas europeias serão adicionadas ao calendário, possivelmente fazendo com que a categoria não saia do continente pelo menos até o final de outubro. "A situação geral de F-1 é bastante complicada", admitiu Rohonyi. "Como disse [o CEO da F-1] Chase Carey, a situação é fluida, ou pelo menos estava assim até anunciarem a primeira parte do calendário. Aí ficou um pouco menos fluida para os promotores europeus, mas continua a ameaça de uma segunda onda de infecção e novas restrições de movimento entre países. Portanto não é fácil para os colegas de F-1, e certas decisões demoram muito." De fato, a cada semana a discussão sobre o calendário da F-1 parece dar uma guinada diferente, e as atenções agora estão voltadas para a segunda onda de infecções do novo coronavírus que a China tenta impedir em Pequim. O GP da China é uma das provas adiadas e que aguardam remarcação. Além disso, pelo menos mais duas provas, na Itália e em Portugal, com a Alemanha também com boas chances, devem ser adicionadas ao calendário europeu entre setembro e outubro, quando a categoria já estaria fazendo suas corridas na Ásia e América do Norte. Além disso, há provas outras além da chinesa que aconteceriam no primeiro semestre e ainda não foram remarcadas. "Há um plano de contingência para estender a temporada europeia com uma ou duas outras corridas se necessário. Acho que Bahrein e Abu Dhabi serão as últimas provas da temporada. Isso nos dá dez provas. Vamos encontrar pelo menos cinco ou seis boas provas para colocar no meio", disse o Ross Brawn. Até então, foram canceladas as corridas da Austrália, Mônaco, Holanda, França, Azerbaijão, Singapura, Japão. Assim como o Brasil, outras oito provas ainda não tiveram suas datas confirmadas. Por usarem vias públicas, é esperado que Canadá e Vietnã entrem na lista de cancelamentos, ainda que exista grande vontade da Liberty para que o GP em Hanói de fato estreie neste ano. As duas provas no Oriente Médio, Bahrein e Abu Dhabi, como afirmou Brawn, estão praticamente confirmadas para encerrarem a temporada entre o final de novembro e a primeira metade de dezembro. A Rússia também sinalizou que está preparada para receber sua corrida, originalmente programada para o final de setembro. Nas Américas, onde a pandemia está em estágio pior em relação à Europa no momento, o México é outro país que, como o Brasil, está aguardando uma posição. Os promotores gostariam de manter sua data em 27 de outubro, mas admitem que a realização de sua etapa depende da melhora da situação da pandemia no país. Já nos Estados Unidos, cuja etapa está marcada para a semana anterior, em Austin, as autoridades médicas locais não acreditam que será possível abrir eventos a mais de 500 pessoas, o que pode complicar a realização do GP. Ao anunciar o calendário, Carey havia dito que esperava poder revelar o restante das datas até o final do mês de junho, antes do início do campeonato.
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