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'Melhor perder a vida do que a liberdade', diz Queiroga após recusa ao passaporte vacinal

Por Folha de São Paulo

07/12/2021 19h06 — em
Esportes



SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse, nesta terça-feira (7), que é "melhor perder a vida do que perder a liberdade" ao justificar medidas tomadas pelo governo Jair Bolsonaro (PL) de combate à pandemia da Covid-19.

A declaração de Queiroga, reproduzida de uma fala já feita pelo presidente, em março, ocorreu durante coletiva de imprensa realizada em Brasília.

"Nós queremos ser, sim, o paraíso do turismo mundial. E vamos controlar a Saúde, fazer com que a nossa economia volte a gerar emprego e renda. Essa questão da vacinação, como realcei, tem dado certo porque nós respeitamos as liberdades individuais. O presidente falou agora há pouco: 'às vezes, é melhor perder a vida do que perder a liberdade'", disse Queiroga.

A frase foi usada por Queiroga para justificar a não adoção do governo brasileiro ao passaporte da vacina, uma das recomendações feitas em novembro pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para conter a chegada de novas variantes do coronavírus e eventuais ondas da doença ao país.

O passaporte sanitário já é adotado em algumas cidades como forma de permitir a reabertura de bares, restaurantes, cinemas e outros estabelecimentos de forma segura. Recentemente, devido à preocupação com a variante ômicron do coronavírus, a Anvisa recomendou que o governo federal exija a vacinação contra a Covid-19 para entrada no Brasil, como já fazem muitos países.

Apesar de ignorar o passaporte, o governo brasileiro anunciou que irá impor a quarentena de cinco dias e teste RT-PCR a viajantes não vacinados que queiram entrar no país. As autoridades, no entanto, não explicaram como será feito o processo de isolamento dessas pessoas.

"Não se pode discriminar as pessoas entre vacinadas e não vacinadas e, a partir daí, impor restrições. Até porque a ciência já sabe que a vacina não impede totalmente a transmissão do vírus", afirmou Queiroga.

"Então, nós, depois de fazermos uma análise detida de toda a documentação com grupo técnico, decidimos que o RT-PCR seria utilizado [como já vem sendo utilizado desde o início da pandemia, com 72 horas antes do embarque] e requerer que os indivíduos não vacinados cumpram uma quarentena de cinco dias e, após essa quarentena, eles realizariam o novo teste", completou o ministro da Saúde.

Se esse teste der negativo para Covid-19, o viajante então será liberado.

No dia 26 de novembro, a OMS (Organização Mundial de Saúde) anunciou a descoberta de uma nova cepa do SARS-CoV-2, batizada de ômicron, variante de preocupação (VOCs), a quinta classificada dessa forma.

Mas essa nova variante surpreendeu os cientistas pelo número oito vezes maior de mutações de outras cepas já classificadas como de preocupação, além da velocidade de contágio.

Horas depois, o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, informou que o Brasil fecharia as fronteiras aéreas para seis países da África por causa da ômicron. A restrição afeta os passageiros oriundos de África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue.

A Anvisa, no entanto, recomendou que a restrição fosse feita a mais quatro países: Angola, Malawi, Moçambique e Zâmbia.


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