Justiça reduz pensão a familiares das vítimas do incêndio no CT do Flamengo
Quase dois anos após o incêndio que matou 10 jovens no Centro de Treinamento do Flamengo, a 13ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro acatou parcialmente recurso do clube pela redução de pensão a familiares das vítimas da tragédia que aconteceu em 2019.
De acordo com o Sistema Globo, os familiares recebiam R$ 10 mil mensais e agora devem passar a receber cerca de cinco salários mínimos, o equivalente a R$ 5.225. O Ministério Público e a Defensoria do Estado do Rio de Janeiro vão recorrer da decisão.
A procuradora da Defensoria Pública do RJ, Patricia Cardoso foi contra a medida e falou sobre o alto custo do time com o salário dos jogadores. "O atleta que perdeu o pênalti ontem do Flamengo, que fez o Flamengo ser eliminado da Libertadores, ganha R$ 600 mil de salário. Todo o elenco somado ganha R$ 25 milhões de salário. E aqui estamos falando de uma pensão de R$ 10 mil para cada um. São famílias carentes. A sociedade aguarda por isso", disse.
Nota oficial do Flamengo:
"O Clube de Regatas do Flamengo esclarece que a questão judicial hoje julgada pela 13ª Câmara Civil reconheceu que o Ministério Público não pode representar individualmente as famílias das vítimas do incêndio no Centro de Treinamento George Helal, já que os pais são maiores, capazes e representados por seus advogados. Assim, não pode o MP postular judicialmente em seus lugares.
O que ocorreu, portanto, foi uma questão processual que apontou a ilegitimidade do MP para agir individualmente em prol de terceiros. Não obstante, o Flamengo informa que não deixará de prestar assistência material mensalmente às famílias e que está aberto a fazer acordo, como já fez com seis famílias e meia, ou seja, com a maioria dos responsáveis dos garotos que, infelizmente, faleceram no CT."
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