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Evento reúne mais de 100 pessoas com deficiência para surfar pela 1ª vez

Por Folha de São Paulo

03/12/2021 10h37 — em
Esportes



PRAIA GRANDE, SP (FOLHAPRESS) - A Praia Grande (litoral paulista) serviu nesta quinta-feira (2) de cenário para que 132 pessoas com deficiência pudessem ter o primeiro contato com esportes aquáticos, como surfe, standup paddle e caiaque, com o acompanhamento de profissionais. Apesar de não ser um campeonato, todos receberam medalhas de participação, segundo os organizadores.

Nesta sexta-feira (3), é comemorado o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. Além de voluntários, instituições como a Apae da Praia Grande, Sonhando Sobre as Ondas e a ONG Adote um Cidadão se uniram para realizar o evento Surf Eficiente, com o objetivo de proporcionar momentos de inclusão aos atendidos em diferentes projetos sociais.

"A ideia é desenvolver autonomia e que eles façam parte de todos os espaços, superando limites corporais. Na verdade, as limitações são nossas. Eles se jogaram na água sem medo", diz Patrícia Caetano Borelli, coordenadora da Residência Inclusiva da Praia Grande, espaço que oferece acompanhamento para jovens como Alan Roger Torres, 19, que tem deficiência intelectual. "Peguei três ondas, quero ir de novo. Quero a minha medalha", diz ele.

A alegria contagiou também voluntários e familiares presentes. "Ver meu sobrinho feliz dessa maneira não tem preço. Eles têm as mesmas vontades e o mesmo direito de participar de tudo que as pessoas ditas 'normais' participam. Por isso, ações como essa são essenciais e nós, como família, abraçamos a causa", diz Shirlei Aparecida Rodio, tia de Felipe Penarbel, 24, jovem com síndrome de Down e que surfou pela primeira vez durante o evento.

"Só agradeço a Deus por existir pessoas que pensem em nós e nos proporcionem momentos como esses. A sensação de liberdade que senti ao ficar em cima da prancha e poder sentir o vento no meu rosto é sensacional", afirma Júlia Dias Anjos, 19, de Mauá, na Grande São Paulo, que tem baixa visão.

"Para fazer esse projeto falo com as escolas de surfe de cada cidade. A ideia é mostrar ao empreendedor que ele pode ajudar", afirma Antonio Carlos de Veiga, da ONG Adote um Cidadão e idealizador do projeto.

"É emocionante ver a empolgação de todos eles. Não só hoje, mas em todos os outros dias deveriam se sentir incluídos. As instituições e as famílias lutam por isso, mas também precisamos de ações consistentes do poder público", afirma Sílvio Ursini , superintendente da Apae da Praia Grande.


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