Sem quatro vices, Campello vê diretoria do Vasco esvaziada
RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - O presidente do Vasco, Alexandre Campello, chega ao seu último ano de mandato acumulando quatro vice-presidências vagas, após desligamentos, e vive um momento instável no comando.
A saída mais recente foi a do então vice de Finanças, João Marcos Amorim, que oficializou sua demissão na sexta-feira (10), por conta de divergências com o mandatário vascaíno sobre os rumos financeiros do clube em 2020.
Os primeiros vices a deixarem suas pastas saíram logo em debandada, em maio de 2018 na ocasião, foram 14 baixas. Todos do grupo político "Identidade Vasco", que havia sido a base de apoio para Campello chegar ao poder.
De todas as saídas, as únicas duas vice-presidências que não foram repostas foram a de futebol, então comandada por Fred Lopes, e a médica, que era de Celso Monteiro. Na época, Campello decidiu não ser necessário uma reposição delas e, no caso do futebol, o próprio dirigente acabou acumulando o cargo.
O desligamento em peso da "Identidade Vasco" na ocasião forçou o atual presidente a fazer uma costura política, e foi aí que ele conseguiu angariar dois grupos para sua diretoria administrativa: a "Cruzada Vascaína" e o "Desenvolve Vasco".
Do primeiro deles, surgiu João Marcos Amorim, e do segundo, Adriano Mendes, o vice-presidente de controladoria, que se tornaria o grande homem de confiança de Campello. Partia de Mendes as diretrizes sobre as finanças do clube. Porém, ao que tudo indica, seus dias na pasta também estão contados.
Há quem garanta nos corredores de São Januário que sua última missão no clube cruz-maltino será pagar os salários atrasados, que hoje batem novembro, 13º, férias e alguns direitos de imagem.
No que se refere às saídas de vices, houve ainda no fim do ano passado o desligamento de Bruno Maia, que comandava o marketing. Esta foi considerada a mais amigável, já que o ex-dirigente alegou oportunidades profissionais para deixar a pasta. Porém, sua relação desgastada com Adriano Mendes já era notória.
Presidente da "Cruzada Vascaína", Carlos Leão disse à reportagem que o grupo político segue apoiando a diretoria administrativa, inclusive com o integrante João Ernesto permanecendo como vice-presidente de relações especializadas, e João Marcos envolvido em assuntos do Conselho Deliberativo.
O clima no clube, no entanto, é de instabilidade. Na tentativa de equilibrar os bastidores do Vasco, Campello convidou Luiz André de Figueiredo Mello para prestar consultoria em algumas áreas.
O advogado carioca já foi presidente da APFUT (Autoridade Pública de Governança do Futebol) e, neste cargo, fez amizade com o presidente vascaíno. A diretoria, porém, nega que ele irá exercer oficialmente um cargo no clube.
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