A Força da Palavra
Escrita ou oralmente expressa, a palavra tem ampla e significativa importância, por isso de tal forma compromete e responsabiliza quem a profere que, muitas vezes, exige-se a confirmação para não restar a mínima dúvida acerca do que foi publicamente afirmado. O cidadão comum, a autoridade de qualquer natureza, todos respondem de alguma forma pelo que dizem, daí a exigível discrição, a continência da linguagem, especialmente em torno do que se deve expressar quando está em causa o interesse comum, e chega a ser uma forma de sabedoria dizer apenas o necessário, no momento certo.
Daqueles que por dever de ofício são quase obrigados a falar em público, muitos evitam o improviso, ou para não omitir fatos e nomes, ou para, medindo as palavras, não cometer excessos, enfim, para preservar a autoridade do cargo no qual estão investidos, imunizando-se a cobranças. O noticiário através da televisão obriga a ouvir, ou o que não se quer, ou o que não se deve, sobretudo quando choca, a ponto de, tão estarrecedora a notícia, preferir-se aguardar o jornal do dia seguinte para uma necessária conferência, para a possível confirmação do que foi dito por determinada autoridade.
Mas fiz essa introdução para falar sobre o debate televisivo dos candidatos a Prefeito em todo o Brasil, a metodologia dos embates é feita para quem tem a melhor oratória, e fala melhor, e não aquele que expressa a confiança, e mostra ou tenta mostrar seu programa de governo, sem atacar, sem ultrajar nenhum adversário, o que vale é a força da palavra e não quem mostra ser o melhor gestor para as cidades.
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