Contratos com empresas que administram presídios no Amazonas seriam superfaturados, aponta MP
Manaus/AM - O Ministério Público de Contas do Amazonas entrou com um pedido no Tribunal de Contas do Estado (TCE) para que sejam cancelados todo os contratos com as duas empresas que são responsáveis pela administração dos presídios no estado. O pedido foi protocolado nesta quarta-feira(4).
De acordo com o MP, foram encontrados indícios de irregularidades nos contratos como superfaturamento, mau uso da verba pública, conflito de interesses empresariais e gestão ineficaz. As duas empresas são responsáveis pelos seis presídios no Amazonas.
Entre as alegações, o MP afirma que as empresas recebem valores altos por cada preso e indícios apontam que esse dinheiro não foi utilizado na infraestrutura e apoio aos detentos. Além disso, essas empresas fizeram doações aos candidatos nas eleições. Uma das empresas, a Umanizzare, foi a que mais recebeu recursos em 2015.
O MP também pediu uma medida cautelar contra o secretário da Seap, Pedro Florêncio para que não sejam renovados os contratos com as empresas.
Até o momento, o governo e a Secretária de Administração Penitenciária (Seap) não se pronunciaram sobre o assunto.
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