Yellen: mais mulheres trabalhando ajudariam a economia americana
PROVIDENCE, RHODE ISLAND - A presidente do banco central americano, Janet Yellen, disse que os EUA poderiam aumentar seu potencial de crescimento e produtividade se removessem as barreiras que limitam a participação das mulheres na força de trabalho.
Segundo Yellen, a diferença salarial entre homens e mulheres encolheu, mas “ainda é significativa”, assim como a falta de mulheres em algumas ocupações e indústrias.
Na palestra desta sexta-feira, na Universidade Brown, onde ela estudou, a presidente do Federal Reserve (Fed) afirmou que é necessária mais flexibilidade para ajudar as mulheres a equilibrar a vida pessoal e a familiar.
“Se esses obstáculos persistirem, vamos desperdiçar o potencial de muitos de nossos cidadãos e incorrer em uma perda substancial da capacidade produtiva da nossa economia em um momento no qual o envelhecimento da população e o fraco crescimento da produtividade já estão pesando no crescimento da economia” observou Yellen no texto da apresentação.
Entre 1948 e 1990, explicou Yellen, o aumento da participação na força de trabalho contribuiu com cerca de meio ponto percentual por ano na taxa de crescimento potencial do Produto Interno Bruto (PIB).
Ainda assim, o índice de participação de mulheres na faixa etária entre os 25 anos e os 54 anos no mercado de trabalho ainda é de cerca de 75%, de acordo com a presidente do Fed, abaixo da taxa entre os homens da mesma idade, que é de mais de 88%.
“Um estudo recente estima que o aumento na taxa de participação feminina em relação àquela dos homens aumentaria o nosso Produto Interno Bruto em 5%” ressaltou a presidente do Fed, citando um relatório do Banco Mundial no rodapé.
Para ela, reformas que incluam horários de trabalho flexíveis, creches com um preço acessível e licença paternidade e maternidade remunerada poderiam ajudar a melhorar a participação feminina no mercado.
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