Tesouro vê cenário favorável para gestão da dívida pública
BRASÍLIA - Os técnicos do Tesouro Nacional destacaram que o cenário para a gestão da dívida pública está mais favorável. Segundo o subsecretário da Dívida Pública, José Franco Morais, isso é reflexo de uma reação dos investidores ao quadro político mais estável e ao avanço na solução de problemas econômicos estruturais. Ele destacou que os Credit Default Swap (CDS) de cinco anos – considerados termômetros da confiança no país – estão sendo negociados 260 pontos-base. Em dezembro, o valor era de 500 pontos-base. Quanto maior a percepção de risco dos investidores, maior é a pontuação exigida para apostar no país.
De acordo com os técnicos, o fato de investidores estrangeiros estarem reduzindo sua participação no endividamento não é um fator preocupante. O coordenador-geral de Operações da Dívida, Leandro Secunho, explicou que esses aplicadores ainda podem estar esperando um quadro de maior estabilidade na economia para voltar ao mercado brasileiro, mas isso não é um problema, pois o Tesouro não tem uma meta para essa participação. O que importa, afirmou ele, é que haja liquidez para os títulos.
— Os estrangeiros estão reduzindo suas posições em títulos de curto prazo. Talvez ainda haja uma preocupação com incertezas e eles queiram esperar uma maior estabilidade. Mas essa é uma queda relativa e temos expectativa de que isso possa se reverter. Essa participação (dos estrangeiros) já foi de 20% e hoje está em torno de 15%, mas não temos meta. O importante é que o mercado esteja líquido para os títulos — disse Secunho.
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