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Produção industrial tem queda de 0,6% em outubro, quinta em sequência

Por Folha de São Paulo

03/12/2021 9h07 — em
Economia



RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A produção industrial brasileira voltou a patinar e caiu 0,6% em outubro, na comparação com setembro, informou nesta sexta-feira (3) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Foi a quinta retração consecutiva.

O resultado ficou abaixo do esperado pelo mercado. Analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam avanço de 0,8%.

O recuo de outubro alcançou 19 dos 26 ramos pesquisados. "Mais do que o resultado do mês em si, chama atenção a própria sequência de resultados negativos, cinco meses de quedas consecutivas na produção, período em que acumula retração de 3,7%", disse André Macedo, gerente da pesquisa do IBGE.

"A cada mês que a produção industrial vai recuando, se afasta mais do período pré-pandemia. Nesse momento, está 4,1% abaixo do patamar de fevereiro de 2020", emendou.

O IBGE também informou que, na comparação com outubro de 2020, a produção industrial recuou 7,8%. Nesse recorte, a projeção de analistas era de queda de 5%.

Ao longo deste ano, o indicador ainda acumula alta, de 5,7%. Em período maior, de 12 meses, o crescimento também é de 5,7%.Mesmo com o processo de reabertura da economia, após restrições maiores para frear o coronavírus, a produção industrial passou a emitir sinais de fragilidade no país.

A escassez de insumos ainda é apontada como um problema que atinge parte das fábricas. Entre os ramos afetados pela situação está o automotivo. A falta de componentes é associada ao desarranjo das cadeias produtivas provocado pela pandemia.

Em outubro, 69% das empresas consultadas pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), na indústria geral, sinalizaram dificuldades para obtenção de insumos domésticos. O dado foi divulgado nesta quinta-feira (2) pela entidade.

Para complicar o quadro, a escassez tem sido acompanhada pela disparada de preços. Em outubro, a inflação da indústria acelerou a alta para 2,16%, a mais forte em seis meses, segundo o IPP (Índice de Preços ao Produtor).

O índice também é calculado pelo IBGE. Em 12 meses, a disparada é de 28,83%. O IPP mede a variação dos preços na porta de entrada das fábricas, sem o efeito de impostos e fretes.


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