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Haddad diz que EUA encaminharão proposta de parceria para combate ao crime organizado

Por Reuters

04/12/2025 16h42 — em
Economia



Por Victor Borges

BRASÍLIA, 4 Dez (Reuters) - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira que os Estados Unidos encaminharão uma proposta de parceria com o Brasil no combate ao crime organizado, após uma ligação entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos EUA, Donald Trump.

"Eles vão encaminhar uma proposta de parceria, justamente para que essa relação deixe de ser uma relação formal, burocrática", disse Haddad em entrevista a jornalistas após reunião com o encarregado de negócios dos EUA no Brasil, Gabriel Escobar.

Segundo Haddad, ainda não há previsão de data para o envio da proposta norte-americana, mas ele afirmou estar animado com as conversas entre os dois países. "Eu saí muito animado da conversa, porque eu senti entusiasmo da parte dele. Eu senti realmente que ele está otimista em relação ao que o governo norte-americano está propondo agora", disse.

O ministro afirmou que a reunião foi marcada a pedido dos EUA depois que o Brasil enviou uma carta sobre o tema aos EUA após a ligação entre Lula e Trump na terça-feira, em que o brasileiro, segundo o Palácio do Planalto, "ressaltou a urgência em reforçar a cooperação com os EUA para combater o crime organizado internacional".

Haddad relatou que a reunião com o encarregado de negócios dos EUA tratou, principalmente, da integração da Polícia Federal, Receita Federal e Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) com as respectivas contrapartes nos EUA.

Segundo Haddad, 15 fundos de investimentos no exterior são alvos de investigações do Brasil por crimes relacionados a ocultação de patrimônio.

O combate ao crime organizado foi levantado na ligação entre Lula e Trump na esteira de uma operação deflagrada na semana passada contra a refinaria privada Refit em que a Receita apontou operações irregulares com empresas constituídas no Estado norte-americano de Delaware, que permite a criação de empresas com anonimato e sem tributação local, desde que não gerem renda em território norte-americano. Segundo a Receita, essas entidades são comumente associadas à lavagem de dinheiro ou blindagem patrimonial.

(Por Victor BorgesEdição de Pedro Fonseca)


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