Executivo da Caixa Seguridade ganha força para presidir Banco do Brasil
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, conseguiu apoio do ministro da Economia, Paulo Guedes, e indicou João Eduardo Dacache para o comando do Banco do Brasil em substituição a André Brandão. O nome já foi submetido ao presidente Jair Bolsonaro e agora está sob análise do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), que checa antecedentes dos indicados a postos no governo. Dacache já estava na Caixa quando Pedro Guimarães foi escolhido para presidir a instituição, e foi mantido à frente da Caixa Seguridade, braço de seguros. Ele conduz o processo de abertura de capital dessa empresa. No mercado financeiro, o executivo já havia trabalhado no Santander com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que também chancelou a indicação. Assessores do Planalto afirmam que Bolsonaro recebeu com "boa vontade" o nome de Dacache, mas que prefere indicar alguém "de dentro do Banco do Brasil", que ele conheça e tenha mais proximidade. Neste caso, dois vice-presidentes estariam habilitados para a sucessão. Um deles é Mauro Neto, vice-presidente corporativo. Pesa contra Neto a idade --ele tem 32 anos-- e o fato de Guedes já ter vetado o nome dele quando Rubem Novaes deixou a instituição. Os aliados do centrão tentar convencer Bolsonaro a indicar o secretário-executivo do ministério da Cidadania, Antônio Barreto. Ambos também já tinham os nomes sendo avaliados pelo GSI. Bolsonaro já avisou a deputados do bloco que o posto é estratégico e nomeará alguém que tem afinidade e experiência com o setor bancário. Por isso, dizem os assessores, a tendência hoje é de que seja escolhido um executivo do próprio Banco do Brasil. A avaliação no Planalto é que a nomeação de um executivo que já faz parte da instituição evitaria criar mais instabilidade no mercado financeiro. Outro aliado de Bolsonaro, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), Paulo Henrique Costa, atual presidente do Banco Regional de Brasília (BRB), perdeu força depois da revelação de que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) comprou uma mansão de quase R$ 6 milhões em Brasília com financiamento pelo BRB sem comprovar a renda mínima exigida pela instituição e ainda com juros menores do que os praticados pelo mercado. Ainda segundo interlocutores que participaram das discussões, Bolsonaro pretende tomar sua decisão até sexta-feira (5). O novo presidente do BB assumirá o comando de um dos maiores bancos do país cinco meses após André Brandão ter assumido o cargo depois de deixar o HSBC. Brandão conquistou a antipatia de Bolsonaro em janeiro, depois de anunciar o fechamento de 112 agências do BB e um programa de desligamento de 5 mil funcionários. Bolsonaro queria demiti-lo, mas adiou a decisão para não gerar mais desgaste após a intervenção na Petrobras. Nesse período, Guedes tentou convencer o presidente a mantê-lo no posto, mas foi vencido. Diante da pressão, André Barreto colocou o cargo à disposição. Segundo assessores presidenciais, a informação foi transmitida ao presidente pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que defendia a permanência do economista à frente da instituição financeira. Se Dacache for o escolhido, Guedes terá perdido espaço para o presidente da Caixa, que se tornou um aliado de Bolsonaro durante a pandemia. O chefe da Economia queria indicar alguém do mercado. Ex-executivo do Itaú, Márcio Schettini era o nome preferido do ministro, que ainda tentava alguém alinhado a uma agenda liberal.
O Portal do Holanda foi fundado em 14 de novembro de 2005. Primeiramente com uma coluna, que levou o
nome de seu fundador, o jornalista Raimundo de Holanda. Depois passou para Blog do Holanda e por
último Portal do Holanda. Foi um dos primeiros sítios de internet no Estado do Amazonas. É auditado
pelo IVC e ComScore.
ASSUNTOS: Economia