Compartilhe este texto

Empresários veem chance de EUA reverter tarifas, mas temem que o aço chinês 'inunde' o Brasil

Por Estadão Conteúdo (Agência Estado)

15/02/2025 5h46 — em
Economia



Empresários veem espaço para que o Brasil faça uma negociação capaz de convencer o presidente americano, Donald Trump, a reverter a promessa de tarifas de 25% para o aço e o alumínio. Contudo, observam com preocupação a possibilidade de a China inundar países emergentes, como o Brasil, com produtos siderúrgicos.

As importações de aço subsidiado da China nos EUA eram uma grande preocupação para o mercado americano, mas a nova medida tarifária de Trump deve reverter o cenário drasticamente, afirmou o presidente do conselho de administração da Gerdau, Guilherme Gerdau, ao Estadão/Broadcast.

Consequentemente, há possibilidade de que haja maior entrada de aço chinês no Brasil, segundo outro executivo da indústria siderúrgica. Ele afirmou que o fluxo de aço chinês no País pode se tornar "quase como um tsunami", dado o excesso de capacidade no gigante asiático.

Como margem para negociação, haveria a possibilidade de o Brasil começar a importar mais Gás Natural Liquefeito (GNL) dos Estados Unidos, afirmou um terceiro executivo do setor siderúrgico ao Estadão/Broadcast, sob condição de anonimato.

Ele explicou que, quando há escassez hídrica, a Petrobras precisa acionar as térmicas do Nordeste, que usam grandes quantidades de GNL. Esse seria um dos assuntos a serem discutidos, uma maneira de negociar cotas com os EUA.

Ele acrescentou que a China determinou a taxação em 15% para o GNL americano, em retaliação após o governo Trump taxar a entrada de todos os produtos chineses nos EUA, então pode ser interessante para os EUA acharem um outro mercado comprador, e este poderia ser o Brasil.


Siga-nos no
O Portal do Holanda foi fundado em 14 de novembro de 2005. Primeiramente com uma coluna, que levou o nome de seu fundador, o jornalista Raimundo de Holanda. Depois passou para Blog do Holanda e por último Portal do Holanda. Foi um dos primeiros sítios de internet no Estado do Amazonas. É auditado pelo IVC e ComScore.

ASSUNTOS: Economia

+ Economia