Candidato da lista de espera do CNU pode ser contratado como temporário
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O MGI (Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos) autorizou, por meio de norma publicada na última quarta-feira (18), a contratação temporária de candidatos aprovados e que integram a lista de espera do CNU (Concurso Nacional Unificado).
A medida, prevista no edital, oficializa a possibilidade de órgãos e entidades da administração pública federal que aderiram ao CNU utilizarem a lista para suprir demandas emergenciais, mediante autorização prévia do ministério.
A convocação temporária, no entanto, não interfere na ordem de classificação para os cargos efetivos. Os candidatos mantêm sua posição original na lista de espera do concurso. Além disso, a chamada para vagas temporárias segue um fluxo distinto e atende a necessidades excepcionais da administração pública, enquanto a nomeação para cargos permanentes obedece às etapas e aos critérios previstos no edital do concurso.
A seleção temporária de aprovados na lista de espera do CNU será realizada por meio de edital de chamamento, que será publicado no DOU e no portal oficial do concurso.
O documento deverá informar detalhes como o cargo disponível, perfil profissional desejado, remuneração, número de vagas, prazo do contrato e os requisitos mínimos para participação.
A ordem de classificação dos candidatos será respeitada, assim como as regras de reserva de vagas previstas no edital original do CNU. Para participar, os interessados deverão manifestar interesse, mas a inscrição no edital de chamamento não garante a contratação automática.
Segundo o MGI, a medida representa uma economia de recurso públicos, ao evitar a realização de novos processos seletivos, além de dar mais agilidade no atendimento a demandas urgentes da administração federal.
Segundo o MGI, a contratação temporária no serviço público continua sendo uma medida excepcional. Ela só é possível quando há justificativa formal de interesse público, necessidade urgente e orçamento disponível.
Os órgãos interessados na contratação de temporários que estão na lista de espera do CNU deverão apresentar processo administrativo completo, com justificativas, previsão orçamentária e perfil detalhado da função.
O MGI segue responsável por autorizar essas contratações e acompanhar o cumprimento das metas previstas. Toda contratação deve ser publicada no DOU e os candidatos contratados não terão direito adquirido à nomeação em cargo efetivo, nem prioridade sobre outros aprovados do concurso.
O QUE SE SABE SOBRE O CNU 2025?
No início deste mês, a FGV (Fundação Getulio Vargas) foi escolhida como banca organizadora da próxima edição do CNU. Ao todo, o concurso terá 508 vagas para nível médio e 3.144 para nível superior, sendo que 1.172 são para cadastro de reserva. A maioria das oportunidades está sediada em Brasília (DF), mas existem algumas para Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Recife (PE) e Belém (PA).
Entre os órgãos autorizados estão o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o HFA (Hospital das Forças Armadas) e os Comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
Neste ano, o concurso terá um edital unificado para todos os nove blocos temáticos, que deve ser publicado no próximo mês. A prova objetiva está prevista para o dia 5 de outubro, e a prova discursiva deve ser aplicada em 7 de dezembro. A divulgação dos resultados finais está prevista para fevereiro de 2025.
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ÓRGÃOS E NÚMERO DE VAGAS
Órgão - Para nível médio - Para nível superior - Total
Ancine (Agência Nacional do Cinema) - 10 - 10 - 20
ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) - 16 - 50 - 66
Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) - 70 - 0 - 70
Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) - 50 - 0 - 50
ANM (Agência Nacional de Mineração) - 80 - 0 - 80
ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) - 20 - 0 - 20
Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) - 30 - 0 - 30
ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) - 50 - 0 - 50
Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) - 14 - 0 - 14
IN (Imprensa Nacional) - 0 - 14 - 14
Ministério das Cidades - 0 - 15 - 15
Comando da Aeronáutica - 0 - 90 - 90
Comando do Exército - 0 - 131 - 131
Comando da Marinha - 0 - 140 - 140
HFA (Hospital das Forças Armadas) - 30 - 100 - 130
Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar - 0 - 64 - 64
Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) - 0 - 60 - 60
Ministério da Pesca e Aquicultura - 0 - 33 - 33
Fundacentro (Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho) - 0 - 65 - 65
Ministério do Turismo - 0 - 8 - 8
MGI (Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos) - 0 - 500 + 1.172 para cadastro de reserva - 500 + 1.172 para cadastro de reserva
ITI (Instituto Nacional de Tecnologia da Informação) - 0 - 50 - 50
INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) - 0 - 300 - 300
Enap (Fundação Escola Nacional de Administração Pública) - 0 - 21 - 21
FBN (Fundação Biblioteca Nacional) - 0 - 14 - 14
FCP (Fundação Cultural Palmares) - 0 - 10 - 10
Fundaj (Fundação Joaquim Nabuco) - 0 - 20 - 20
Funarte (Fundação Nacional das Artes) - 0 - 28 - 28
Ibram (Instituto Brasileiro de Museus) - 0 - 28 - 28
Ministério da Fazenda - 0 - 30 - 30
Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional - 0 - 10 - 10
Inca (Instituto Nacional de Câncer) - 54 - 30 - 84
INC (Instituto Nacional de Cardiologia) - 23 - 52 - 75
Into (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia) - 33 - 61 - 94
IEC (Instituto Evandro Chagas) - 10 - 28 - 38
Cenp (Centro Nacional de Primatas) - 18 - 10 - 28
CALENDÁRIO
- Edital e inscrições: julho
- Prova objetiva: 5 de outubro
- Prova discursiva (habilitados da 1ª fase): 7 de dezembro
- Divulgação de resultados: fevereiro de 2026
ASSUNTOS: Economia