SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Basf anunciou nesta segunda (17) a venda de toda sua divisão de tintas decorativas, que tem a Suvinil como principal marca, para a Sherwin-Williams por US$ 1,15 bilhão (aproximadamente R$ 6,55 bilhões).

Segundo comunicado da companhia, a transação envolve um acordo de ações e inclui as fábricas de Demarchi, em São Bernardo do Campo (SP), e Jaboatão dos Guararapes (PE), que empregam mil funcionários, além de todos os contratos relacionados as marcas Suvinil e Glasu!.

O negócio de tintas decorativas da Basf é grande somente no Brasil e gerou mais de US$ 525 milhões em vendas no ano passado. A companhia alemã comanda a Suvinil no país desde o final da década de 1960, após adquirir o controle do empresário e fundador da empresa, Olócio Bueno.

Além de estar restrito quase que exclusivamente ao país, a divisão possui pouca sinergia com outros negócios da divisão de tintas e revestimentos da Basf no mundo.

No Brasil, a Suvinil é reconhecida, desde 2009, como a marca mais lembrada pelos brasileiros quando se fala em tinta de parede, segundo pesquisa Datafolha.

Para Anup Kothari, membro do conselho diretivo da Basf SE e responsável pela divisão de tintas e revestimentos da companhia, a assinatura marca um passo importante para a geração de valor de negócios independentes.

"Estamos convencidos de que o negócio de tintas decorativas continuará a prosperar como parte da Sherwin-Williams. Agradecemos profundamente aos nossos colaboradores por seu trabalho árduo e dedicação, que tornaram a Suvinil a marca mais reconhecida de tintas decorativas do Brasil", disse Kothari em nota.

No comunidado, Heidi G. Petz, presidente e CEO da Sherwin-Williams, afirmou que a Suvinil é sinônimo de inovação e qualidade, cujo negócio é complementar ao da Sherwin na América Latina.

"Estamos animados para capitalizar as fortalezas de ambas as empresas e aumentar ainda mais o valor gerado para os clientes", disse Petz em nota.

Enquanto a transação não é concluída, as empresas continuarão a operar de forma independente.

A Basf ainda pretende encontrar o que chamou de "opções estratégicas" para as divisões de revestimentos automotivos, revestimentos de repintura e tratamento de superfícies.